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Relação entre saúde oral e nutrição em idosos

Author(s): Magalhães, Lara Margarida Ribeiro

Date: 2011

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10284/2402

Origin: Repositório Institucional - Universidade Fernando Pessoa

Subject(s): Saúde oral; Nutrição; Idosos; Oral health; Nutrition; Elderly


Description

Trabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária

A proporção da população mundial com 65 ou mais anos regista uma tendência crescente, aumentando de 5,3% para 6,9% do total da população, entre 1960 e 2000, e para 2050 projecções apontam para 15,6%. A incidência de muitas doenças crónicas aumenta com a idade. Como resultado, a maioria dos idosos sofre de hipermedicação. As principais preocupações sobre a toma de múltiplos medicamentos são as interacções entre drogas e alimentos. Uma grande massa de dados científicos e epidemiológicos sugere uma sinergia contínua entre a saúde oral e nutrição. Assim, uma pobre saúde oral pode ter um impacto indirecto sobre a saúde sistémica através de distúrbios na ingestão nutricional. Uma função mastigatória deficiente pode não dar origem a um estado nutricional comprometido, mas pode ter implicações na escolha de alimentos, conforto oral e qualidade de vida. Os principais condicionantes de uma boa capacidade mastigatória são a perda de dentes, principalmente quando há perda de dentes antagonistas posteriores; uso de próteses mal adaptadas e indivíduos desdentados que não usam próteses. A nível nutricional, as alterações da dieta pelos idosos devido à incapacidade mastigatória têm repercussões, principalmente na diminuição no consumo de vitaminas C, A, E, B1, B3 e B9; fibras alimentares, proteínas, cálcio e ferro, sendo estes os principais nutrientes encontrados em frutas, legumes e carne. Em função destes resultados é necessária a aplicação de programas de prevenção, motivação e educação para a saúde oral, e um maior aconselhamento nutricional dirigido à população idosa e seus responsáveis, a fim de evitar procedimentos mais invasivos, como alimentação por sonda e internamento hospitalar por malnutrição. The proportion of world population with 65 or more years has been growing, increasing from 5.3% to 6.9% of the total population between 1960 and 2002, to 2050 is projected to 15.6%. The incidence of many chronic diseases increases with age. As a result, most elderly people suffer from polypharmacy. The main concerns about taking multiple medications are the interactions between drugs and food. A large body of scientific and epidemiological data suggests a continuous synergy between oral health and nutrition. Thus, a poor oral health can have an indirect impact on health through systemic disturbances in nutritional intake. A poor masticatory function may not lead to an impaired nutritional status, but may have implications for the choice of food, oral comfort and quality of life. The main reasons for a good chewing ability are the loss of teeth, especially when there is loss of antagonist teeth later, use of ill-fitting dentures and edentulous individuals who do not wear dentures. At the nutritional status, dietary changes by elderly due to the inability chewing, have an impact mainly through reduced consumption of vitamins C, A, E, B1, B3 and B9; dietary fiber, protein, calcium and iron, which are the main nutrients found in fruits, vegetables and meat. According to these results is required to implement prevention programs, motivation and oral health education, and nutritional counseling more directed to the elderly and their caregivers, in order to avoid more invasive procedures, such as tube feeding and hospitalization for malnutrition.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Silva, Raquel
Contributor(s) Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa
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