Author(s): Canuto, Tágila
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9503
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Trabalho de parto; Preparação para o parto
Author(s): Canuto, Tágila
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9503
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Trabalho de parto; Preparação para o parto
Enquadramento: O parto constitui um momento em que as expectativas e as ansiedades geradas durante a gravidez assumem uma dimensão real. Para muitas mulheres, principalmente em nulíparas, é um momento desafiador. A forma como as mulheres vivenciam a sua experiência de parto é influenciada por vários fatores. O efeito dos programas de preparação para o parto concebidos por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica permanece ainda desconhecido. Objetivo: Averiguar quais os ganhos em saúde resultantes dos programas de preparação para o parto no trabalho de parto. Métodos: Estudo do tipo observacional-descritivo, transversal e correlacional com abordagem quantitativa, A população é composta por puérperas, nas primeiras 48 horas após o parto, que tenham tido recém-nascido vivo, primíparas, que falem língua portuguesa e cujo trabalho de parto e parto tenham ocorrido nas maternidades do Centro Hospitalar de S. João e no Hospital Pedro Hispano. Como critérios de exclusão foram definidas puérperas submetidas a cesariana eletiva ou de emergência com dilatação cervical ≤ 4cm e as que tiveram parto múltiplo. Optamos por uma amostra não probabilística por conveniência, o que totalizou em 205 puérperas A recolha de dados teve por base uma entrevista orientada por um formulário construído para o efeito. Resultados: O número de mulheres que realizaram preparação para o parto (PP) e as que não frequentaram são sobreponíveis, 49,8% (n=102) versus 50,2% (n=103). As participantes na preparação para o parto eram mais velhas. Ter PP não apresenta impacto numa admissão na maternidade numa fase mais avançado do trabalho de parto (TP), na experiência de parto, nível de dor, solicitar de analgesia epidural mais tardiamente, tipo de parto e traumatismo perineal. De entre as técnicas de relaxamento e conforto mais usadas foi a técnica da respiração e relaxamento e as menos utilizadas foram a de duche/banho de imersão e ouvir música. As técnicas de duche/banho de imersão e deambulação foram associadas com um menor nível de dor. Já a técnica de respiração e relaxamento conferiu resultado contrário. Nenhuma técnica de relaxamento e conforto teve impacto na duração do TP. Técnicas de respiração e uso de bola de Pilates interferem positivamente na diminuição da taxa de lacerações perineais. Realizar a técnica de mudança de posição contribui para uma experiência de parto positiva. Conclusão: A real efetividade dos programas de preparação para o parto em termos dos ganhos em saúde, está longe de alcançar resultados definitivos, uma vez que evidenciamos que a PP não emergiu como o fator determinante para uma admissão mais tardia, na experiência de parto, nível de dor, solicitação de analgesia epidural mais tardiamente, tipo de parto e traumatismo perineal. Uma das limitações deste estudo guarda relação estreita com os modelos dos programas de preparação para o parto em uso.