Author(s): Sá, Vanda de Sá Martins Silva
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/9397
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Música; Musicologia; Antigo Regime; Música instrumental
Author(s): Sá, Vanda de Sá Martins Silva
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/9397
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Música; Musicologia; Antigo Regime; Música instrumental
No contexto cultural do Antigo Regime desenvolve-se um modelo de festa religiosa que integra, e em última análise expande, vários pontos de contacto, que não exclusivamente musicais, com o universo profano. Verifica-se assim que quanto mais amplo e popular o carácter da festa sacra em questão maior a presença de música instrumental. O grau de popularidade do dia solenizado era aferido pela variedade de recursos colocados ao serviço dos festejos, constituindo-se as funções sacras como apenas um dos momentos, embora o mais importante e legitimador, no seio de um vasto programa que se podia estender por mais do que um dia. A união entre “devoção e divertimento”, para usar a feliz expressão de Thomas Lindley (1805, p. 275-76)1 naquele que é um dos primeiros relatos com informação substantiva sobre contextos musicais sacros e profanos da realidade brasileira, afirmou-se como um traço marcante nas práticas culturais do Antigo Regime. O principal fundo documental que testemunha a presença de música instrumental nas funções litúrgicas pertence ao espólio da Irmandade de Santa Cecília2.