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Behavioral insomnia in a pediatric sleep clinic: retrospective study

Author(s): Araújo Martins, Rosa ; Oliveira, Lia ; Ferreira, Rosário

Date: 2020

Origin: NASCER E CRESCER - BIRTH AND GROWTH MEDICAL JOURNAL

Subject(s): Original Articles


Description

Background/Objective: Behavioral insomnia is a common sleep disorder among children, with potentially negative impact on health, behavior, and cognition. This study aimed to characterize a pediatric population referred to a Sleep Disorder Clinic of a tertiary hospital due to behavioral insomnia. Methods: Retrospective and descriptive study based on the review of medical records of patients with insomnia over an eight-year period (2008−2016). Results are presented as median (minimum-maximum), mean (standard deviation), and percentage. Results: A total of 964 children attended the Sleep Disorder Clinic in the considered time period, 162 (16.8%) of which due to insomnia and 137 (14.2%) to behavioral insomnia. Most children (58.4%) were male and the median age at referral was 45 months (5 months–18 years). The median bedtime was 10 pm (8 pm−4 am) and nocturnal awakenings were frequent, particularly in pre-school aged children. Regarding bedtime routines, 62% of children were not able to fall asleep alone, 48.9% had television in the bedroom, 43.1% (11.9% of which, teenagers) required an object to fall asleep, and 42.3% required lights on. Most patients (62%) had a routine to fall asleep, which was dependent on the caregiver in younger children and on television and reading in teenagers. The most frequent daytime symptoms were sleepiness in older children and irritability in younger children. Regarding treatment, 29.9% were taking drugs before referral. Conclusions: Most children in this study were preschoolers, an important age window. Later sleep time, TV in the bedroom, and parental dependence to fall asleep were frequent, revealing a broad area for intervention. The authors propose greater investment in training health professionals and caregivers working in the area, in order to promote the adoption of adequate sleep hygiene as a form of prevention.

Introdução/Objetivo: A insónia comportamental é um distúrbio do sono frequente em idade pediátrica, com repercussões potencialmente negativas na saúde, comportamento e capacidade cognitiva das crianças. O objetivo deste estudo foi caracterizar a população referenciada a uma consulta pediátrica do sono de um hospital terciário por insónia comportamental. Métodos: Estudo retrospetivo e descritivo baseado na revisão de processos clínicos de doentes seguidos por insónia na referida consulta especializada durante um período de oito anos (2008−2016). Os resultados são apresentados como mediana (mínimo–máximo), média (desvio padrão) e percentagem. Resultados: No total, 964 crianças foram referenciadas à consulta de sono, 162 (16.8%) das quais por insónia e 137 (14.2%) por insónia comportamental. A maioria (58.4%) era do sexo masculino e a mediana de idades aquando da referenciação foi de 45 meses (5 meses–18 anos). A mediana da hora de deitar foi 22:00 (20:00–4:00), tendo sido frequentes os despertares noturnos, sobretudo em idade pré-escolar. Relativamente às rotinas na hora de deitar, 62% das crianças não adormeciam sozinhas, 48.9% tinham televisão no quarto e 43.1% (11.9% das quais, adolescentes) precisavam de um objeto e 42.3% de luz acesa para adormecer. A maioria (62%) das crianças tinha uma rotina para adormecer, dependente do cuidador em crianças mais novas e de televisão e leitura nos adolescentes. Os sintomas diários mais frequentemente referidos foram sonolência em crianças mais velhas e irritabilidade em crianças mais novas. Relativamente ao tratamento, 29.9% encontrava-se a receber tratamento farmacológico antes da referenciação. Conclusão: A maioria das crianças neste estudo encontrava-se em idade pré-escolar, a qual constitui uma importante janela de atuação. A hora de deitar tardia, presença de televisão no quarto e dependência dos pais para adormecer foram frequentes, o que revela a necessidade de intervenção na área. Os autores propõem um maior investimento na formação dos profissionais de saúde e cuidadores, de modo a promover a adoção de medidas de higiene do sono adequadas como forma de prevenção.

Document Type Journal article
Language English
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