Author(s):
Alves, Daniela Sofia Carvalho
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.22/8729
Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto
Subject(s): PCR em tempo real; HPV; cancro do colo do útero; citologia negativa; oncogenes E6/E7; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde
Description
Em Portugal, o segundo cancro mais frequente nas mulheres é o cancro do colo do útero, representando cerca de 6% de todos os cancros nas mulheres. O vírus papiloma humano, Human papillomavirus (HPV) que está presente em cerca de 90% das lesões de alto grau e cancro cervical, sendo dividido em dois grupos: o HPV de alto risco que está associado a lesões de alto grau e cancro do colo do útero e o HPV de baixo risco que raramente causa lesão. Neste trabalho visamos estabelecer se houve evolução para lesão nos casos de pacientes com citologia normal e tipagem para HPV de alto risco positiva. Estudaram-se 51 pacientes do Hospital Pedro Hispano, dividido em dois grandes grupos, um com mulheres até aos 35 anos, outro com mulheres com mais de 35 anos, com resultado da citologia ginecológica normal, e uma tipagem para HPV de alto risco positiva. Das 51 mulheres, 72,6% fizeram segunda colheita e destas 54.9% não fizeram tipagem de HPV de alto risco. Para avaliação dos resultados foram usados os testes de estatística descritiva, nomeadamente os de frequência. Das 23 segundas colheitas foi extraído ADN e foi analisado num equipamento específico para detectar a presença de HPV de alto risco. Das amostras testadas verificou-se que 37,8 % das mulheres continuaram positivas para HPV de alto risco e destas 8,7% evoluiu para uma lesão de alto grau. Apesar de haver uma percentagem razoável de evolução para lesão nestes casos, o número da amostra é reduzido, pelo que condiciona a extrapolação para a população. Além disso o tempo de follow-up é relativamente curto, e seria interessante seguir estas mulheres por um período mais longo para confirmar esta tendência. Fazer a quantificação dos oncogenes E6/E7, traria talvez resultados mais consistentes uma vez que se poderia verificar se o ADN do vírus já se encontrava integrado no genoma da mulher.