Document details

Avaliação ecocardiográfica da insuficiência mitral concomitante, na substituição valvular aórtica isolada: é possível prevê-la?

Author(s): Varela, Nuno José Rodrigues

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.21/4023

Origin: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa

Subject(s): Cardiologia; Estenose aórtica grave; Insuficiência mitral concomitante; Preditores ecocardiográficos; Cardiology; Severe aortic stenosis; Mitral regurgitation concurrent; Echocardiographic predictors


Description

Mestrado em Tecnologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular - Ramo de especialização: Ultrassonografia Cardiovascular

Introdução: A insuficiência mitral é um achado frequente nos pacientes com estenose aórtica e indicação para substituição valvular aórtica. A detecção da insuficiência mitral nestes pacientes tem implicações importantes, visto que pode afectar de forma independente o estado funcional e o prognóstico. É conhecido que a gravidade da insuficiência mitral pode melhorar significativamente após a substituição valvular aórtica isolada, particularmente na verdadeira insuficiência mitral funcional, onde a válvula mitral se encontra estruturalmente e morfologicamente normal. Objectivo: Descrever e identificar parâmetros ecocardiográficos preditores da evolução da insuficiência mitral concomitante, em contexto de estenose aórtica grave. Metodologia: Estudo observacional descritivo-comparativo, prospectivo realizado numa população de doentes com estenose aórtica grave com regurgitação mitral concomitante, submetidos a substituição valvular aórtica. Através de amostragem não probabilística por conveniência obteve-se uma amostra de 26 indivíduos (subdividos em Grupo A de redução EROA 100%, Grupo B de redução EROA 50-100%, Grupo C de redução EROA 5-50%, Grupo D não-redução EROA). Realizou-se ecocardiograma transtorácico a todos os indivíduos, segundo o protocolo definido para o estudo, tendo-se recolhido as variáveis relativas à ecocardiografia convencional e Doppler pulsado e tecidular (TDI). Resultados: A amostra com 26 indivíduos foi dividida pelo grupo A (n=12), grupo B (n=3), Grupo C (n=6) e Grupo D (n=5). Relativamente à estrutura e dimensões cardíacas, os grupos com maior redução do EROA apresentam maior espessura parietal e massa ventricular indexada à superfície corporal que os restantes doentes, bem como maior redução dos mesmos após a SVA. Nos parâmetros relativos à função sistólica (avaliada pela fracção de ejecção, volume telediastolico, volume telesistólico e débito cardíaco) não se verificaram diferenças significativas entre os quatro grupos, exceptuando a fracção de ejecção inicial do Grupo C, sendo baixa. Relativamente à função diastólica, não se identificaram diferenças significativas. Relativamente às complicações peri-operatórias, a maior incidência recaiu sobre o Grupo D. Considerações finais: No presente estudo, verificaram-se adaptações morfológicas e funcionais secundárias à EA, com maior expressão nos doentes que reduziram mais a IM. A etiologia da IM revelou maior importância nos doentes com IM moderada. Os doentes com pior evolução da IM, parecem ter como causa as complicações peri-operatórias e o facto de possuírem um VE de dimensões reduzidas e pouco beneficiarem de regressão do Remodelling do VE.

ABSTRACT - Background: The mitral regurgitation is a common finding in patients with aortic stenosis and indication for aortic valve replacement. Detection of mitral regurgitation in these patients has important implications, since it can independently affect functional status and prognosis. It is known that the severity of mitral regurgitation can significantly improve after isolated aortic valve replacement, especially in functional mitral regurgitation where the mitral valve is structurally and morphologically regular. Aim: Describe and identify echocardiographic predictors of evolution of concomitant mitral regurgitation in patients with severe aortic stenosis. Methodology: Observational descriptive-comparative, prospective study in a population of patients with severe aortic stenosis and mitral regurgitation concomitant undergoing valvular aortic replacement. Using non-probability sampling for convenience we obtained a sample of 26 subjects (subdivided into Group A - EROA reduction 100%, Group B - EROA reduction 50-100%, Group C - EROA reduction 5-50%, Group D - non-reduced EROA). Transthoracic echocardiography was performed on all individuals, according to the protocol for the study, having collected variables for conventional and Doppler echocardiography and pulsed Tissue (TDI). Results: A sample of 26 subjects was divided by group A (n=12), group B (n=3), Group C (n=6) and Group D (n=5). As to the structure and cardiac dimensions, groups with greater EROA reduction have greater wall thickness and left ventricular mass indexed to body surface than the other patients, as well as further reduction of the same parameters after the SVA. In parameters related to systolic function (ejection fraction, telediastolic volume, telesistólic volume and cardiac output) there were no significant differences between the four groups, except the initial Ejection Fraction on Group C, which was lower. Regarding diastolic function did not identify significant differences. With regard to perioperative complications, the highest incidence fell on the Group D. Final considerations: In the present study, there were morphological and functional adaptations to EA with greater expression on patients that IM decreased higher. The etiology of IM revealed greater importance in patients with moderate MI. Patients with poor evolution of IM seem to be caused by the peri-operative complications and the fact that they have one LV with reduced dimensions and little benefit regression of LV Remodelling.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Andrade, Maria João
Contributor(s) RCIPL
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents