Author(s):
Soares, Mariana de Carvalho Pacheco Estrela
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/2756
Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Subject(s): População masculina; Depressão pós-parto; Bonding; Male population; Postpartum depression; Bonding
Description
Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica apresentada ao ISPA - Instituto Universitário
A Depressão Pós-parto Feminina tem aumentado na Sociedade Ocidental. Sabe-se que a principal consequência é a deterioração do Bonding mãe-bebé. Contudo em Portugal, poucos são os estudos que se debruçam sobre Depressão Pós-parto Masculina. O presente estudo tem então como objetivo principal compreender a incidência de Depressão Pós-parto Masculina e sua relação com o Bonding pai-bebé, numa amostra de homens portugueses. Como objetivos específicos analisou-se a influência de variáveis sociodemográficas sobre a sintomatologia depressiva no pós-parto e sobre a qualidade do Bonding pai-bebé. Foi recolhida uma amostra de 59 participantes do género masculino com idades entre os 25 e os 52 anos. Como instrumentos utilizou-se o Questionário Sociodemográfico, a versão adaptada à população portuguesa da Edinburgh Postnatal Depression Scale e o Questionário de Ligação ao Bebé Após o Nascimento. Constatou-se uma baixa incidência de Depressão Pós-parto na presente amostra (11,9%). Contudo verificou-se uma correlação positiva (p=0,043, r=0,043) mas não significativa (p=0,08) entre sintomatologia depressiva e Bonding, sendo que a sintomatologia depressiva explica apenas 3,4% da variância do Bonding. No que refere ao Bonding foram encontrados resultados estatisticamente significativos para o Sexo do bebé (p=0,024), Estado Civil (p=0,025) e Idade do pai (p=0,043, r=0,264). Quanto à sintomatologia depressiva foram encontrados resultados estatisticamente significativos para Primogénito vs. Filho seguinte (p=0,002) e Estado Civil (p=0,001). Não se obteve resultados significativos para Primogénito vs. filho seguinte, Planeamento da gravidez e Habilitações, relativamente ao Bonding. Tal como o Sexo do bebé, o Planeamento da gravidez, a Idade e as Habilitações parecem não influenciar estatisticamente a sintomatologia depressiva.
ABSTRACT: The Postpartum Depression Women has increased in Western Society. It is known that, the main effect is the deterioration of mother-baby Bonding. However, in Portugal, there are few studies with focus on Postpartum Depression Men. The principal aim of this study is to understand the incidence of Postpartum Depression Men and their relationship with father-baby Bonding, using a sample composed by Portuguese men. The influence of socio-demographic variables on depressive symptoms in postpartum and on the parent–baby’s Bonding quality were analyzed as being specific objects. A sample of 59 male participants, aged between 25 and 52 years old, was collected. As instruments, the Socio-demographic Questionnaire, the adapted version of the Portuguese population from the Edinburgh Postnatal Depression Scale and the Postpartum Bonding Questionnaire were used. It was found a low incidence of Postpartum Depression in this sample (11,9 %). However, a positive correlation (p = 0,043 , r = 0,043), but not significant (p = 0,08), between depressive symptomatology and Bonding was also found, thus the depressive symptomatology explains only 3,4 % of the Bonding’s variance. In what concerns to Bonding, statistically significant results were found for the Baby's sex (p = 0,024), Marital Status (p = 0,025) and Paternal age (p = 0,043 , r = 0,264). According to depressive symptomatology, statistically significant results were found for Firstborn vs. Next child (p = 0,002) as long as for Marital Status (p = 0,001). Finally, for the Firstborn vs. Next child, Pregnant planning and Qualifications, significant results were not found referring to Bonding. As long as the Baby’s sex, Pregnant planning, Age and Qualifications do not seem to affect statistically the depressive symptomatology.