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Motivação para a aprendizagem e auto-conceito em crianças do 1º ano de escolaridade de um concelho interior local

Author(s): Serra, Vanda Raquel Mansinho

Date: 2005

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/917

Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário

Subject(s): Psicologia educacional; Aprendizagem; Auto-conceito; Crianças em idade escolar; Meio Rural; Motivação; Instrumentos; Educational psychology; Learning; Self-concept; School-age children; Rural enviorment; Motivation; Instruments


Description

Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional

O presente estudo teve como objectivo analisar e caracterizar a motivação e o auto-conceito das crianças, dum modo gerai e em função do estatuto do aluno (elevado, médio e fraco aluno) e do tipo de escola (vila e aldeia) nas crianças do 1o ano do ensino básico, num Concelho do interior rural, caracterizado por um grande número de crianças desfavorecidas socioculturalmente. A sua base teórica é sustentada nas teorias da motivação e que são concomitantes com as da aprendizagem, tendo como pontos principais os estudos efectuados por Stipek (1997), ligados a populações economicamente desfavorecidas e, de quem foram retiradas as provas que levaram à construção do Questionário de Motivação para a Aprendizagem (adaptado por Matta, I., Fidalgo, Z., Mata, L. e colaboradoras, 2002), o qual foi utilizado. Foram previstas 4 hipóteses. As duas primeiras hipóteses sugeriam que existiam diferenças entre o sentimento de competência cognitiva e aceitação de pares entre as crianças da vila e da aldeia e em função do estatuto escolar. As outras hipóteses postulam que existe diferenças nas sub-escalas do questionário de motivação para a aprendizagem, em função do estatuto escolar do aluno e do tipo de escola (vila/aldeia). Para testarmos as hipóteses foram avaliadas 50 crianças, do 1o ano do ensino básico das escolas da vila e sedes de freguesia de um Concelho rural do interior do país, com idades compreendidas entre os 6 e os 8 anos de idade, de ambos os sexos, através da aplicação de dois instrumentos: duas sub-escalas da Escala Pictográfica de Harter e Pike (1981, adaptada por Mata, L., Martins, M., Peixoto, F.& Monteiro, V.): Competência Cognitiva e Aceitação de Pares e, o Questionário de Motivação para a Aprendizagem (adaptado por I. Matta, Fidalgo, Z., Mata, L. e colaboradoras, 2002). Acrescentou-se a estes instrumentos, informações sobre o Estatuto do Aluno (Elevado, Médio e Fraco), fornecidas pelos professores da turma, professores de apoio e psicólogas do serviço de psicologia. A análise dos resultados mostrou que não existe uma variação no sentimento de competência cognitiva, em função do tipo de escola que o aluno frequenta. Contudo, relativamente à aceitação de pares verificam-se algumas variações. Verificamos ainda, a nível do auto-conceito, que não existe uma superioridade no sentimento de competência cognitiva em função do estatuto escolar, contrariamente à aceitação de pares, onde existem algumas diferenças. A nível da motivação, tendo em conta o tipo de escola e o estatuto escolar do aluno, foram encontradas algumas diferenças significativas nas diversas sub-escalas do questionário para a motivação: competência percepcionada, satisfação, ansiedade. expectativas para o sucesso, preferência pelo desafio e dependência. Dado existirem algumas limitações no presente estudo, quer pelo número reduzido de sujeitos, quer pela própria metodologia utilizada, não nos é permitido extrapolar os resultados. Foi no entanto, mais um passo para a compreensão deste vasto campo de interesse e um contributo para o estudo de metodologias e estratégias que promovam um ensino mais eficaz, numa população pouco explorada, ou seja, num contexto populacional socioculturalmente desfavorecido (Concelho do Interior Rural, caracterizado pela desertificação e isolamento populacional).

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório do ISPA
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