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Escutas telefónicas como meio de obtenção de prova e reserva da intimidade da vida privada

Author(s): Francisco, Constância Mendonça

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/11144/3114

Origin: Camões - Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa

Subject(s): Escutas Telefónicas; Privacidade; Investigação Criminal; Direitos Fundamentais; Proporcionalidade; Necessidade


Description

Este trabalho versa sobre a relação conflitual, que se estabelece entre as escutas telefónicas como meio de obtenção de prova e a reserva de intimidade da vida privada garantida pela Constituição Portuguesa. Verifica-se, que esta garantia não é absoluta e que permite a intervenção das autoridades públicas em casos criminais devidamente autorizados por juízes, desde que, tal esteja previsto na lei. Da análise da lei sobre escutas telefónicas e do normativo constitucional, bem como da aplicação jurisprudencial de ambos, conclui-se, que em Portugal há um sistema positivo equilibrado e adequado, que simultaneamente garante a vida privada, e permite a escuta telefónica em investigações criminais. Contudo, nota-se uma tendência prática para a utilização intensa das escutas na investigação criminal, que tem sido suportada pelos tribunais e que corresponderá a um sentir dos valores predominantes da comunidade jurídica. Em todo o caso, conclui-se, que qualquer intervenção tem que obedecer em concreto aos princípios da proporcionalidade e da necessidade.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
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