Document details

Poetizando a história nacional : ficcionalização da história e método historiográfico em José de Alencar

Author(s): Leal, Tito Barros

Date: 2014

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/15497

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Alencar, José de, 1829-1877 - E a história; Literatura brasileira - séc.19 - História e crítica; Literatura e história; História - Na literatura; Teses de doutoramento - 2014


Description

Tese de doutoramento, História (História e Cultura do Brasil), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014

Deste a década de 1970, o debate em torno dos limites entre História e Literatura tem ganhado força e interesse em ambos os lados da fronteira focada. Autores como Collingwood (1981 [1944]), Gay (1990 [1974] e 2010 [2002]), Ricoeur (1997 [1975] e 2000 [1983-85]), Veyne (1998 [1971 e 1978]), Foucault (2004 [1970]), White (2003 e 2008 [1973]) e La Capra (2007 [2004]) contribuíram de forma decisiva para o aprofundamento do debate, redirecionando perspectivas e apontando novas saídas para a prática historiográfica. A tese que se segue, lastreada no pensamento dos teóricos acima referenciados, visa contribuir com o debate acerca das relações simbióticas entre aqueles dois campos do saber. Para tanto, voltamos nosso olhar para a escrita paradigmática de José de Alencar (1829-1877) cuja vasta obra foi fortemente vinculada à Literatura Romântica nacional. Assim, esta tese tem por objetivo promover uma releitura da obra alencariana, no sentido de encontrar em sua produção — quer ficcional, quer jornalística, quer política, ou de qualquer outro tipo — uma novidade historiográfica diferente da lógica de escrita da História executada no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Nesta perspectiva, estabelecemos um recorte temático na obra do autor escolhido, pelo que focaremos a questão indígena, tema muito caro ao autor. Assim, serão fontes fundamentais para a tese um romance histórico, O guarani (1856), e duas lendas tupis, Iracema (1865) e Ubirajara (1874). Tal recorte norteará nossa análise sobre as estratégias de pesquisa e escrita do polígrafo, possibilitando recompor as tramas do seu fazer historiográfico, para compará-las com as práticas historiográficas de seus contemporâneos. A partir daí analisaremos as especificidades da escrita alencariana, compreendendo sua estética nacionalista para conformá-la numa historiografia poética, cujo estudo servirá para repensar os limites existentes entre História e Literatura, requalificando a imaginação como estratégia historiográfica válida aquando das lacunas encontradas nas fontes.

Desde la década de 1970, el debate en torno a los límites entre la historia y la literatura han ido ganando interés y fuerza a ambos lados de la frontera. Autores como Collingwood (1981 [1944]), Gay (1990 [1974] e 2010 [2002]), Ricoeur (1997 [1975] e 2000 [1983-85]), Veyne (1998 [1971 e 1978]), Foucault (2004 [1970]), White (2003 e 2008 [1973]) e LaCapra (2007 [2004]), contribuirán de forma decisiva a profundizar en el debate, redirecionando perspectivas y aportando nuevas salidas para la práctica historiográfica. La tesis que se plantea, apoyada en el planteamiento de dos teóricos referenciados, pretende contribuir al debate acerca de las relaciones simbióticas existentes entre estos dos campos. Por tanto, dirigimos nuestra mirada a la curiosa escritura de José de Alencar (1829-1877), cuya obra está fuertemente ligada a la literatura romántica nacional. Asimismo, esta tesis tiene por objetivo promover la lectura de la obra alencariana, con el fin de encontrar en su producción — ya sea de ficción, periodística, política o de cualquier otro género — una novedad historiográfica en cuanto a los escritos realizado en el Instituto Histórico e Geográfico Brasilero (IHGB). En esta perspectiva, podemos establecer un enfoque temático sobre la obra de nuestro autor-objeto, por lo que nos centraremos en la cuestión indígena, aspecto de importancia para el autor. Por ello, serán fuentes fundamentales para la tesis de un romance histórico, O Guarani (1856) y dos leyendas Tupi, Iracema (1865) y Ubirajara (1874). Tal delimitación servirá como guía para el análisis de las estrategias de investigación y escritos, posibilitando recomponer la historiografía seguida y compararla con las prácticas historiográficas llevaras a cabo por sus contemporáneos. A partir de ahí analizaremos las particularidades de la escritura alencariana, comprendiendo su estética nacionalista y comparándolo en la historiografía poética, cuyo estudio servirá para volver a pensar en los límites existentes entre la historia y la literatura, incidiendo en la imaginación como estrategia a seguir en la historiografía, valida en cuanto a las diferencias encontradas en las fuentes.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Matos, Sérgio Campos, 1957-
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents