Author(s): Santos, Tomás José Ferreira da Rosa Serra dos
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/15539
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Bioquímica médica; Teses de mestrado - 2014
Author(s): Santos, Tomás José Ferreira da Rosa Serra dos
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/15539
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Bioquímica médica; Teses de mestrado - 2014
Tese de mestrado em Bioquímica, apresentada à Universidade de Lisboa, através da Faculdade de Ciências, 2014
O inositol é um precursor de vários fosfolípidos membranares em leveduras e tem um papel essencial na regulação genética em Saccharomyces cerevisiae. As duas vias de obtenção de inositol em leveduras são a biossíntese a partir de glucose-6-fosfato e o seu uptake extracelular, mediado por dois permeases de inositol, Itr1p e Itr2p, codificados respectivamente pelos genes ITR1 e ITR2. Muitos genes envolvidos na biossíntese de fosfolípidos são regulados pelo inositol através da sequência UASINO, que se liga aos factores de ligação de DNA Ino2p-Ino4p e Opi1p, um regulador negativo de transcrição. O gene ITR1 é também regulado pela presença de inositol. Na levedura Saccharomyces cerevisiae, a taxa de difusão do peróxido de hidrogénio (H2O2) através da membrana plasmática decresce durante a adaptação ao H2O2 (exposição a doses sub-letais de H2O2), tornando as células mais resistentes a uma exposição futura com doses letais de H2O2. Nestas condições genes diferentes contendo a sequência UASINO são reprimidos devido à activação do factor Opi1p que ocorre devido a uma alteração dos níveis de inositol. As células de S. cerevisiae apresentam uma diminuição dos níveis de inositol intracelular após o tratamento com H2O2. Com o presente trabalho observou-se uma acumulação da Itr1-GFPp na membrana plasmática, quando as células de S. cerevisiae são tratadas com H2O2 em condições de adaptação, concomitantemente com uma inibição da internalização deste transportador. No caso da Itr2-GFPp observou-se que os níveis, quer membranares quer totais, eram mantidos quando as células são tratadas nas mesmas condições. Os dados preliminares obtidos relativamente ao grau de oxidação do transportador Itr1-GFPp indicam que 150 μM de H2O2 em estado estacionário oxidam este transportador, impedindo o transporte de inositol para a célula,com uma acumulação na membrana plasmática, o que está de acordo a análise da estrutura tridimensional teórica da Itr1p.
Inositol is a precursor of several membrane phospholipids in yeast and plays a key role in the genetic regulation in Saccharomyces cerevisiae. The two routes of inositol supply in yeast are biosynthesis from glucose-6-phosphate, and extracellular uptake, mediated by two permeases, Itr1p and Itr2p, encoded by the ITR1 and ITR2 genes, respectively. Many genes involved in phospholipid biosynthesis are regulated by inositol via the UASINO sequence, which is bind by Ino2p-Ino4p DNA binding factors and Opi1p, a negative regulator of transcription. The ITR1 gene is also regulated by the presence of inositol. In the yeast Saccharomyces cerevisiae, the rate of hydrogen peroxide (H2O2) diffusion through the plasma membrane decreases during adaptation to H2O2 (exposure to sub-lethal doses of H2O2), rendering cells more resistant to further exposure to lethal doses of H2O2. In these conditions, different genes containing the UASINO sequence are repressed due to the activation of the repressor Opi1p that occurs due to an alteration of the inositol levels. The cells of the yeast S. cerevisiae show a decrease in the intracellular inositol levels after treatment with H2O2. With the present work we observed an accumulation of the protein Itr1-GFPp in the plasma membrane, when S. cerevisiae cells are treated with H2O2 in adaptation conditions, concomitantly with an inhibition of the transporter internalization. When we studied Itr2-GFPp, we observed that its membrane and total levels remained unchanged when cells were treated in the same conditions. Preliminary data obtained relatively to the oxidation degree of the Itr1-GFPp shows that steady state of 150 μM of H2O2 oxidizes this transporter, stopping the inositol transport to the cell, with a accumulation in the plasma membrane, which complies with the analysis of the theoretical tridimensional structure of Itr1p.