Document details

Energia e medicina : Mayer e Helmholtz

Author(s): Melo, Maria Teresa Ribeiro Rocha Homem de, 1956-

Date: 2014

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/15839

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Mayer, Julius Robert, 1814-1878; Helmholtz, Hermann von, 1821-1894; Ciência - História; Filosofia das ciências; Energia; Sangue; Teses de doutoramento - 2014


Description

Tese de doutoramento, História e Filosofia das Ciências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2014

O Nobel da Física Richard Feynman dizia nas suas Lectures nos anos sessenta que é importante ter consciência que, face aos desenvolvimentos em física, não temos um conhecimento do que seja a energia. Outros físicos têm salientado a mesma dificuldade. O conceito de energia é também usado em explicações de processos fisiológicos. Neste contexto, o significado de energia é também uma questão em aberto. Um estudo (Coelho 2009) mostra que os descobridores da energia não encontraram nada que não possa ser destruído ou criado mas antes um princípio de equivalência entre quantidades físicas que não tinham sido até então ligadas. Então surge a questão se esta ideia de equivalência pode ser útil na compreesão da energia nas ciências da vida. O conceito de energia no domínio inorgânico tem sido um objecto de investigação histórica desde o século XIX. O domínio orgânico não tem tido a mesma atenção. Tendo em conta ambos os aspectos, orgânico e inorgânico, serão analizadas as contribuições de Mayer e Helmholtz para o princípio da conservação da energia. A ideia do princípio da conservação da energia tem a sua origem na observação que o médico, Mayer, fez. Baseado nesta observação, Mayer formula a tese: o sangue venoso nas regiões mais frias é mais escuro porque o consumo de oxigénio é maior em ordem a manter a temperatura do corpo humano. Jenstsch (1916) salientou que não havia evidência para esta tese. Isto conduziu à questão se Mayer realmente observou o que ele diz ter observado. Relativamente a estas questões, algumas hipóteses são apresentadas e discutidas.

The Nobel Laureate Richard Feynman said in his Lectures in the 60s that it is important to realize that, despite developments in physics, we have no knowledge what energy is. Other physicists have pointed out the same difficulty. The concept of energy is also used in explanations of physiological processes. In this context, the meaning of energy is also an open question. A study (Coelho 2009) shows that the discoverers of energy did not find anything which can neither be destroyed nor created but rather a principle of equivalence between physical quantities, which had not been connected until then. The question of whether this idea of equivalence can be useful in understanding energy in life sciences then arises. The concept of energy in the inorganic domain has been a subject of historical research since the nineteenth century. This does not hold concerning the organic domain. Taking into account both aspects, organic and inorganic, Mayer`s and Helmholtz`s contributions to the principle of energy conservation are analyzed. The idea of this conservation principle of energy has its origin in the observation the physician, Mayer, made. Based on this observation, Mayer formulates the thesis: venous blood is darker in colder regions, as the consuming of oxygen is greater in order to maintain the temperature of the human body. Jentsch (1916) pointed out that there was no evidence for this thesis. This leads to the question of whether Mayer really observed what he said he had. Concerning these questions, some hypotheses will be presented and discussed.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Coelho, Ricardo Lopes, 1959-
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents