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A prevâlencia da obesidade nos alunos dos 3º e 4º anos do 1º ciclo das escolas do agrupamento D. Carlos I, em Sintra

Author(s): Câmara, Paula Cristina Dionísio de Oliveira, 1967-

Date: 2010

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/2022

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Obesidade; Criança; Saúde escolar; Sintra (Portugal); Teses de mestrado - 2010


Description

Tese de mestrado, Saúde Escolar, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2010.

Inserido no âmbito do IV Mestrado de Saúde Escolar da Faculdade Medicina da Universidade de Lisboa, efectuou-se um estudo com o objectivo de determinar a prevalência de obesidade das crianças do 3.º e 4.º ano do 1.º ciclo, das escolas do Agrupamento D. Carlos I em Sintra, bem como enquadrar o papel da escola e entidade de saúde pública local na prevenção deste problema. De um total de 218 alunos de 11 turmas em 6 escolas do Agrupamento D. Carlos I em Sintra, foram avaliados 112 alunos de ambos os sexos. Desta amostragem, 53,6% eram rapazes e 46,4% eram raparigas, com idades compreendidas entre os 8 e 11 anos, sendo a média de idade de 9 anos. Foram também entrevistados os 11 professores dos alunos inquiridos e um elemento da equipa de saúde escolar do Centro de Saúde local. Os dados foram recolhidos através de avaliação de valores antropométricos (peso, altura e índice de massa corporal) de forma directa; aplicação de um questionário sobre hábitos alimentares e actividade física; entrevista semi-estruturada efectuada aos professores dos alunos intervenientes neste estudo e ao profissional de saúde da equipa de saúde escolar responsável pelas escolas deste agrupamento. O IMC foi calculado com base no peso e altura, determinados directamente pela autora e enquadrados nas respectivas categorias de percentil IMC/Idade definidas pela OMS de acordo com critérios estudados por Cole, T. (2000). A prevalência de obesidade e de pré-obesidade encontrada neste estudo foi de 14% e 25%, respectivamente. A soma das duas é mais elevada nos rapazes que nas raparigas, 47% e 31%, respectivamente. A prevalência de obesidade é elevada nas crianças de 9 e 10 anos, com valores na ordem dos 37%. Em relação à pré-obesidade, estes valores quase duplicam, atingindo os 64%, nas crianças com 9 anos. Os resultados obtidos são ligeiramente mais elevados que os encontrados em estudos semelhantes a nível nacional, europeu e mesmo nos EUA. Este estudo revela ainda alguns hábitos alimentares preocupantes: não realização da refeição a meio da manhã e ingestão de bolos, refrigerantes, batatas fritas. Revela ainda que há consumo de uma grande quantidade de gorduras e também um não especial apreço por legumes, principalmente em crianças com prevalência de pré obesidade e obesidade. Relativamente aos hábitos de actividade física, verificou-se que estas crianças não têm o hábito de andar a pé ou de bicicleta. Há também uma elevada percentagem de sedentarismo, com 68% de crianças com pré-obesidade a gastarem entre duas a quatro horas ou mais em actividades como: ver televisão, jogar playstation ou computador. A actuação dos professores e profissionais de saúde manifesta algumas diferenças. Estas recaem essencialmente na planificação, que o profissional de saúde refere fazer em cooperação com as escolas, mas com pouca significância (0,9%). Na abordagem metodológica de formação, o profissional do Centro de Saúde usa estratégias mais dinâmicas e em cooperação com outros elementos extra-Centro de Saúde (17,4%), enquanto os professores utilizam uma abordagem metodológica de formação mais isolada. O profissional de saúde refere mais sugestões metodológicas que os professores (28% e 16,4%, respectivamente), assim como dá mais importância à avaliação da formação que os professores (17,3% e 10,3%, respectivamente). Ambos revelam semelhante nível de preocupação nas dificuldades sentidas na abordagem metodológica, e com valores relativamente elevados (13,5% para os professores e 12% para o profissional de saúde).

Entered under the IV Master of School Health of Faculty of Medicine of the University of Lisbon, was carried out a study aimed at determining the prevalence of obesity of children of 3rd and. 4th years of 1st cycle of the schools of group D. Carlos I in Sintra, and place the role of the school and local public health authority in preventing this problem. Of a total of 218 students from 11 classes in 6 schools in Group D. Carlos I in Sintra, were assessed 112 students of both sexes. In this sample, 53.6% of boys and 46.4% of girls are aged between 8 and 11 years, being the average age of 9. There were also interviewed the 11 teachers of students surveyed and a member of the school health team of the local Health Centre. Data were collected through anthropometric assessment of values (weight, height and body mass index) in a direct way; application of a questionnaire on diet and physical activity; semi-structured interview conducted for teachers of students involved in this study and to the doctor of the school health team responsible for schools of this group. The BMI was calculated based on weight and height determined directly by the author and inserted in their respective categories percentile of BMI/Age defined by OMS criteria according to Cole, T. (2000). The prevalence of obesity and pre-obesity found in this study was of 14% and 25%, respectively. This prevalence is higher in boys than in girls, 47% and 31%, respectively. The prevalence of obesity among children is high, with a value of around 37% in children of 9 and 10 years old. Regarding the pre-obesity, these figures almost double, reaching 64% in children under 9 years. The results are slightly higher than those found in similar studies in Portugal, Europe and even the U.S.. This study also shows some worrying eating habits: not carry out the meal at mid-morning and intake of cakes, soft drinks, crisps. It shows that there are still consumption of large amounts of fats and also not a special appreciation for vegetables, mainly in children with prevalence of pre-obesity and obesity. In what concerns habits of physical activity, was found that these children do not have the habit of walking on foot or by bicycle. There is also a high percentage of inactivity, with 68% of children with pre-obesity spending between two to four hours or more in activities such as watching television, playing playstation or computer. The action of teachers and health professionals has some differences. These fall mainly in planning, that the health professional referred to do in cooperation with schools, but with little significance (0.9%). In the methodological approach of training, the training of the Health Centre uses the most dynamic strategies and in cooperation with other elements outside the Health Centre (17.4%), while the teachers use a methodological approach to training more isolated. The health professional gives more methodological suggestions than teachers (28% and 16.4%, respectively), and gives more importance to the evaluation of training that than teachers (17.3% and 10.3%, respectively). Both show similar level of concern on the difficulties encountered in the methodological approach, and with relatively high values (13.5% for teachers and 12% for the health professional).

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Carmo, Isabel do, 1940-
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
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