Author(s): Massa, Sílvia Marília Moniz
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/4601
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Pintura - Ilha de São Miguel (Portugal) - séc.16-18; Maneirismo - Ilha de São Miguel (Portugal); Barroco - Ilha de São Miguel (Portugal); Teses de mestrado - 2011
Tese de mestrado, Arte, Património e Teoria do Restauro, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2011
O Património pictórico produzido na e para a ilha de São Miguel durante a Modernidade (séculos XVI a XVIII), constitui um testemunho visível de um período de apogeu artístico, evidenciado no alinhamento dos programas, das formas e linguagens estilísticas em vigor na época. Fruto da crescente encomenda artística cultivada, não só pelas elites sociais micaelenses, que prosperavam, mas igualmente estimulada pela afirmação política das ordens religiosas instaladas no terreno, correspondendo a uma época de Contra-Reforma, em que é correlativa a sobrevalorização da imagem sacra adequada aos intentos didascálicos e propagandísticos da religiosidade tridentina dominante. Demais, a demanda de obras a artistas de bitola nacional e internacional incrementada pelas confrarias laicas e pelas ordens religiosas, é sinal do poderio e da influência exercida pela Igreja na Ilha e, paralelamente, veículo impreterível na assimilação do mercado artístico micaelense das novidades estéticas em voga na metrópole e nos principais centros artísticos europeus. É por isso que a actividade de grandes pintores de Lisboa para o mercado micaelense, como Diogo de Contreiras, Vasco Pereira Lusitano, André Reinoso, Bento Coelho da Silveira, André Gonçalves ou Pedro Alexandrino de Carvalho, só é compreensível na correlação com a dimensão financeira e a actualidade dos gostos desse mesmo mercado. Enfim, e como seria de esperar, o talento e a perfeição dos pintores micaelenses não correspondem em igual grau ao dos artistas de primeira plana nacional. Corolário das contingências dos meios disponíveis, do qual faz parte o minguado ensinamento artístico na Ilha. Em contrapartida, plasmam nas suas obras os modelos imagéticos em circulação no mercado artístico internacional, através das gravuras italiana, francesa e flamenga.
Abstract: El Patrimonio pictórico producido en y para la Isla de San Miguel durante la modernidad constituye un testimonio visible de un período de apogeo artístico, evidenciado en el aliñamiento artístico con las corrientes estéticas vigentes en la época en los demás centros artísticos de la Europa. Resultado de la crecente demanda artística incrementada entonces, e pera la cual concurrieran no solo las elites sociales micaelenses que intentaban presumir su prosperidad, pero incluso las Órdenes Religiosas instaladas en el terreno, una vez que motivadas en presumir entre ellas su poder y influencia, tuvieran que empeñarse en ingentes campañas artísticas para proveer de lustre e esplendor sus monasterios y iglesias, de que es correlativa la consagración de la imagen como medio de conllevar a cumplir los intentos didascálicos, catequéticos y propagandísticos de la Iglesia contrarreformista vigente. Además, se debe papel primero en la asimilación local de las vanguardias estéticas prevalecientes en el mercado internacional, la demanda de obras a los pintores más importantes de la metrópoli. Por consecuencia, la actividad de eses pintores para el mercado micaelense, como Diogo de Contreiras, Vasco Pereira Lusitano, André Reinoso, Bento Coelho da Silveira, André Gonçalves ou Pedro Alexandrino de Carvalho solo es comprensible cuando correlacionada a la dimensión financiera de los comitentes y a la actualidad de los gustos de ese mismo mercado. En suma, y como sería de esperar, parte de la pintura producida per los pintores autóctonos non corresponde a igual grado de talento y perfección artísticas patentizadas en los coevos artistas de plana nacional. Corolario de las contingencias de los medios disponibles, de lo cual hace parte el minguado enseñamiento artístico vigente en la isla. Coinciden al de menos, en los mismos recursos gráficos en circulación a través del grabado italiano, francés y flamenco que llegaba a la Isla.
