Author(s): Macedo, Emília Vicente de Oliveira
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/5038
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Ansiedade; Superprotecção; Crianças em idade escolar; Teses de mestrado - 2011
Author(s): Macedo, Emília Vicente de Oliveira
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/5038
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Ansiedade; Superprotecção; Crianças em idade escolar; Teses de mestrado - 2011
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicologia Clínica da Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2011
Enquadramento: Existe uma relação positiva entre parentalidade negativa e ansiedade na infância. De entre todas as dimensões do comportamento parental, a superprotecção tem sido apontada como tendo um papel importante no desenvolvimento de ansiedade. Assim sendo, este trabalho tem como finalidade o estudo da superprotecção parental, procurando esclarecer qual a sua relação com a ansiedade das crianças. Metodologia: Participaram na investigação 236 crianças dos 7 aos 12 anos e os seus progenitores. Recorreu-se à Escala de Avaliação de Ansiedade e Superprotecção Parental (EASP) para avaliar separadamente a ansiedade, a superprotecção e o encorajamento parental aos comportamentos de confronto. A avaliação da ansiedade nas crianças foi feita através do Questionário de Avaliação de Perturbações Emocionais Relacionadas com a Ansiedade em Crianças (SCARED-R) - versão para pais e crianças. Resultados: De acordo com os resultados, podemos verificar: 1) ausência de diferenças significativas entre ambos os progenitores no que refere aos comportamentos de superprotecção e de encorajamento parental aos comportamentos de confronto das crianças; 2) diferença marginalmente significativa entre o valor médio dos pais e das mães. No sentido do esperado, as mães reportam valores mais elevados de preocupação e ansiedade relacionadas com a segurança física e/ou psicológica dos filhos; 3) ausência de efeito das variáveis sexo e idade da criança nas três dimensões de ansiedade e superprotecção parental; e 4) associações positivas de magnitude pequena a moderada entre as dimensões de ansiedade e superprotecção parental e a ansiedade nas crianças, avaliada pela própria e pelos progenitores. O padrão de correlações entre as dimensões de ansiedade e superprotecção parental e a ansiedade nas crianças varia em função do tipo de informador e do domínio de ansiedade avaliado. Conclusões: Os resultados deste estudo suportam a existência de uma relação entre superprotecção parental e ansiedade nas crianças e apontam para a importância de considerar a percepção de diferentes informadores. As direcções das associações encontradas são ainda desconhecidas. Estudos futuros devem utilizar desenhos longitudinais ou experimentais para esclarecer a causalidade da relação entre superprotecção parental e ansiedade nas crianças.
Background: There is a positive relationship between negative parenting and childhood anxiety. Of all the dimensions of parental behavior, the overprotection has been identified as having an important role in the development of anxiety. The purpose of the present work is to study parental overprotection, trying to clarify what is its relationship with anxiety in school-age children. Methodology: 236 children, aged between 7 and 12, and their parents composed the sample. To separately assess the anxiety and parental overprotection we used the Anxiety Rating Scale and Parental Overprotection (EASP.) The assessment of anxiety in children was done through the Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders-Revised (SCARED-R) - version for parents and children. Results: The results showed: 1) no significant differences between mothers and fathers regarding the behavior of overprotection and encouraging the confrontation; 2) marginally significant difference between the average value of fathers and mothers. As expected, mothers reported higher levels of worry and anxiety related to physical security and/or children's psychological security; 3) there is no effect of gender and age in the tree dimensions of anxiety and parental overprotection; and 4) positive associations of small to moderate magnitude between anxiety and parental overprotection and anxiety symptoms in children assessed by the parent and the child. The pattern of correlations between anxiety and parental overprotection and anxiety symptoms in children varies depending on the type of informant or the dimension of symptoms of anxiety assessed. Conclusions: The results of this study support the existence of a relationship between parental overprotection and anxiety in children and point to the importance of considering the perception of different informants. The directions of these associations are still unknown. Future studies should use longitudinal or experimental designs to clarify the causality of the relationship between parental overprotection and anxiety in children.