Author(s): Mesquita, Helena Isabel Rodrigues
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/5086
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Vinculação; Relações interpessoais; Mal-estar; Teses de mestrado - 2011
Author(s): Mesquita, Helena Isabel Rodrigues
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/5086
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Vinculação; Relações interpessoais; Mal-estar; Teses de mestrado - 2011
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2011
Este estudo teve como principal objectivo compreender a variação das dimensões do estilo de vinculação (Evitação e Preocupação), tendo em conta a globalidade dos modelos internos de trabalho do indivíduo e a especificidade das suas relações. Foi, ainda, analisada a relação entre os estilos de vinculação, global e específico, e o mal-estar emocional. Estas variáveis foram avaliadas através de questionários aplicados em dois momentos: o questionário Attachment Network Questionnaire (ANQ), o Questionário de Experiências em Relações Próximas (QERP), global e específico para as relações, e o Clinical Outcomes in Routine Evaluation-Outcome Measure (CORE-OM). A amostra era composta por 125 participantes, com uma média de idades de 31 anos. Os resultados obtidos, através de modelos hierárquicos lineares (programa HLM), indicaram do que a dimensão Evitação varia mais entre as relações que entre os indivíduos, o que é coerente com a asserção teórica de que esta dimensão está mais relacionada com as representações que fazemos dos parceiros relacionais. O contrário acontece para a dimensão Preocupação, que varia mais entre os indivíduos do que entre as diversas relações. Verificámos ainda que o estilo de vinculação, quando avaliado no global, prediz moderadamente o estilo de vinculação em cada relação. Essa predição é mais forte na dimensão da Preocupação do que na Evitação. Por fim, as dimensões Evitação e Preocupação, ao nível global, são melhores preditores para o mal-estar emocional, que as mesmas dimensões, ao nível específico. Estas conclusões sugerem que, embora os estilos de vinculação específicos sejam importantes para a compreensão do funcionamento das relações, a obtenção de ganhos psicoterapêuticos relevantes deve implicar mudanças nas representações globais da vinculação. As relações que não são de vinculação também parecem ter influência em alguns domínios do mal-estar emocional.
This study had as its main purpose to understand the variation of the attachment style dimensions (Avoidance and Preoccupation), taking into account global internal working models of the individual and their specific-relationships. The relation between attachment style, global and specific, and emotional distress was also analyzed. These variables were measured by questionnaires at two moments: the Attachment Network Questionnaire (ANQ), the global and relationship specific Experiences in Close Relationships Questionnaire (ECRQ) and the Clinical Outcomes in Routine Evaluation - Outcome Measure (CORE-OM). The sample consisted of 125 participants, on average aged 31. The results, analyzed through hierarchical linear models (HLM programme), showed that the Avoidance dimension varies more across relationships than across individuals, which is consistent with the theoretical assertion that this dimension is related to the representations we have of our relationship partners. The opposite happens with the Preoccupation dimension, which varies more across individuals than across the diverse relationships. We also found that attachment style, if evaluated globally, moderately foretells the type of attachment in each relationship. That prediction is stronger for the Preoccupation dimension than for the Avoidance dimension. Finally, the Preoccupation and Avoidance dimensions, taken globally, foretell emotional distress better than when they are taken for specific relationships. These conclusions suggest that, although attachment styles in specific bonds are important in understanding how relationships work, the yielding of relevant psychotherapeutic gains should imply changes in global representations of attachment. Non-attachment relationships also appear to have influence upon some areas of emotional distress.