Author(s):
Bragança, Joana Figueiredo, 1984-
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/6056
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Enfermagem; Cuidados paliativos; Intervenções de enfermagem; Teses de mestrado - 2012
Description
Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2012
Este trabalho de investigação procura descrever o tipo e o tempo das intervenções dos enfermeiros de cuidados paliativos e analisar a sua percepção sobre a qualidade das suas intervenções. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com uma amostra não probabilística, de conveniência, tendo como ponto de partida a população de enfermeiros de uma unidade de cuidados paliativos (N=7). Os enfermeiros despenderam 53% do tempo observado em intervenções indirectas (II), 29% em intervenções directas (ID) e 18% do tempo em actividades pessoais (AP). Foram identificadas 48 intervenções das 134 preconizadas no Catálogo CIPE®: “Cuidados Paliativos para uma Morte Digna”, observando-se um total de 1239 intervenções. Os enfermeiros realizaram em maior percentagem, com 71%, intervenções relativas ao enunciado de intervenção (EI) das perturbações físicas. Os EI apoio social e perturbações psicológicas também apresentaram valores relevantes, com 6% e 5% respectivamente. Relativamente à percepção da forma como despendem o tempo, 14% (1) dos enfermeiros considera fazê-lo em II e 86% (6) consideram fazê-lo em ID. Tendo em conta os critérios de qualidade para cuidados paliativos em Portugal, os enfermeiros consideram o seu desempenho como forte na satisfação dos mesmos, tendo percepção de que prestam cuidados com qualidade, de acordo com aquilo que é esperado. Considera-se que este estudo tem implicações para a prática e para a investigação em cuidados paliativos, na medida em que concluímos que os enfermeiros necessitam de definir, actualizar e melhorar conceitos teóricos que demonstrem as suas intervenções. O estudo possibilitou também uma melhor compreensão do fenómeno de investigação, advertindo-nos para a realidade portuguesa e para a necessidade de reeducar e melhorar comportamentos e atitudes.
This research aims to describe the sort and timing of interventions by the palliative care nurses and review their perceptions about the quality of their interventions. Methodologically, it represents a quantitative study, descriptive, with a non-probabilistic sample of convenience, taking as starting point the population of nurses from a palliative care unit (N = 7). The nurses spent 53% of the observed time in indirect interventions (II), 29% in direct interventions (ID) and 18% of time on personal activities (AP). We identified 48 of the 134 interventions recommended in the INCP® Catalogue: "Palliative Care for a Dignified Death", observing a total of 1239 interventions. The nurses performed in higher percentage, with 71%, the intervention statement (EI) of the physical disturbances. The EI social support and psychological disorders also had significant amounts, with 6% and 5% respectively. Regarding the perception of how they spend time, 14% (1) considers the nurses doing it in II and 86% (6) consider doing it in ID. Given the quality criteria for palliative care in Portugal, nurses consider their powerful performance as the satisfaction of the same, and perception of providing quality care, according to what is expected. It is considered that this study has implications for practice and research in palliative care, as we conclude that nurses need to define, update and improve the theoretical concepts that demonstrate their interventions. The study also allowed a better understanding of the phenomenon of research, admonishing us to the Portuguese reality and the need to reeducate and improve behaviors and attitudes.