Author(s): Resende, Fernanda Pinto, 1967-
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/8008
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Herpes simplex; Biologia celular; Toxicologia; Teses de mestrado - 2012
Author(s): Resende, Fernanda Pinto, 1967-
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/8008
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Herpes simplex; Biologia celular; Toxicologia; Teses de mestrado - 2012
Tese de mestrado. Biologia (Microbiologia Aplicada). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2012
Infecções aparentemente inócuas por vírus Herpes simplex podem levar a complicações sérias, como ceratoconjuntivite e encefalites. O aumento significativo de estirpes resistentes aos atuais antivirais, leva à procura de novas alternativas terapêuticas. A medicina popular, à base de plantas, tem sido assunto de interesse mundial, envolvendo estudos biológicos com avaliação de potencialidades terapêuticas. O presente estudo avaliou a ação anti-herpética de extratos aquosos (através do ensaio de redução de placas), obtidos por decocções de folhas/caules e de flores, de duas espécies de plantas da flora aromática Portuguesa, ambas pertencentes à Familia Astereaceae: Helichrysum italicum e Solidago virgaurea. A atividade anti-herpética dos extratos foi estudada em concentrações não tóxicas para células Vero, previamente determinadas pelo ensaio MTT. Fizeram-se ensaios diretamente sobre partículas virais em suspensão de HSV-1 e HSV-2, variando os tempos de contacto e concentrações (estudo do efeito virucida) e ainda visando avaliar os efeitos nos ciclos replicativos destes vírus em células Vero, quando adicionados antes da infecção, durante a adsorção e em diferentes tempos pós infeção. Os extratos revelaram um elevado efeito virucida (inativação direta das partículas virais), sendo mais eficazes contra o HSV-2 (inibições da infecciosidade superiores a 99%), provavelmente interferindo em proteínas estruturais, algumas das quais necessárias à adsorção e penetração nas células hospedeiras. Também exibiram efeitos na produção de novas partículas virais infecciosas em células Vero tratadas durante a adsorção viral, que variaram entre 75% e 99% para o HSV-1 e entre 59% e 97% para o HSV-2; quando presentes durante o período da infecção compreendido entre as 4 e as 18 horas p.i., resultaram inibições de 71 a 99% na produção de HSV-1 infecioso e de 86 a 99% para o HSV-2. Não revelaram efeitos significativos quando estiveram em contacto com as células Vero antes da infecção.
Seemingly innocuous infections by herpes simplex virus can lead to serious complications, such as keratoconjunctivitis and encephalitis. The significant increase of virus strains resistant to commonly used anti-herpes virus drugs, leads to the search for new therapeutic alternatives. Herbal folk medicine has been a subject of global interest, involving biological studies with evaluation of potential therapies. This study evaluated the anti-herpetic activity against HSV-1 and HSV-2 (through the plaque reduction assay) of aqueous extracts obtained by decoctions of leaves / stems and flowers of two species of the Portuguese aromatic flora, both belonging to the Astereaceae Family: Helichrysum italicum and Solidago virgaurea. The anti-herpetic activity of the extracts was studied in non-cytotoxic concentrations for Vero cells, which were previously determined by the MTT assay. Tests were performed directly on virus particles from suspension of HSV-1 and HSV-2 (study of virucidal activity), in different concentrations and contact times. Assays to evaluate the effects on the replicative cycle of these viruses in Vero cells were also carried out, when the extracts were added to Vero cells before infection, during adsorption and at different times after infection. The extracts showed a very high virucidal effect (direct inactivation of virus particles), being more effective against HSV-2 (reduced viral infectivity by > 99%) probably by interfering with structural proteins, some of which, necessary to the adsorption and / or entry into host cells. The extracts also exhibited inhibitory effects in the production of new infectious virus particles in Vero cells treated during virus adsorption, ranging between 75% to 99% for HSV-1 and between 59% to 97% for HSV-2; when present between 4 and 18 hours p.i, it resulted in inhibitions from 71 to 99% in the production of infectious HSV-1 and from 86 to 99% for HSV-2. When they were in contact with Vero cells prior the infection period no significant effects were revealed.