Author(s): Leite, Laurinda
Date: 2006
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/9800
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
Author(s): Leite, Laurinda
Date: 2006
Persistent ID: http://hdl.handle.net/1822/9800
Origin: RepositóriUM - Universidade do Minho
No seu dia a dia, as crianças contactam com fenómenos naturais e, nos seus esforços para os compreenderem, vão desenvolvendo ideias sobre eles que, como se sabe, em muitos casos, diferem significativamente das ideias cientificamente aceites (Driver et al., 1994). Este desfasamento não se deve apenas a diferenças entre os conceitos usados pelos alunos e pelos cientistas mas deve-se também ao modo como uns e outros “olham” para o mundo que os rodeia (Gil-Pérez & Carrascosa Allis, 1985) e aos estímulos que consideram relevantes e que, por isso, seleccionam para a interpretação dos fenómenos em causa. Muitos desses fenómenos são abordados na escola e, com essas abordagens, pretende-se conseguir que as explicações desenvolvidas pelas crianças no dia a dia se aproximem, o mais possível, das explicações aceites pelos cientistas. Em muitos casos, essa aproximação faz-se por aproximações sucessivas, passando por estádios intermédios, correspondentes a diversos “níveis de conceptualização” (Vecchi & Giordan, 1991) e ao que frequentemente se designa por ciência escolar. O ensino das ciências na escola não pode ignorar esta realidade e, mais do que preocupar-se em transmitir conhecimentos científicos, deve ter como finalidade a promoção de uma educação em ciências que permita aos alunos tornarem-se cidadãos capazes de compreender o mundo natural que os rodeia e de interpretar, do modo mais adequado e completo possível, as suas novas manifestações.