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A Ocidente do Imenso Brasil: as conquistas dos rios Paraguai e Guaporé (1680-1750)

Author(s): Lucidio, João António Botelho

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/10964

Origin: Repositório Institucional da UNL

Subject(s): Conquistas; Indios; Cuiabá; Mato Grosso; Guaporé


Description

Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses

Esta investigação tem como referência as conquistas portuguesas na parte mais central da América do Sul, espaço geográfico demarcado por dois grandes rios, o Paraguai e o Itenez ou Guaporé. A temporalidade que nos interessa inscreve-se entre 1680 e 1750 – período de muita tensão nos contatos entre os súditos americanos das coroas ibéricas e de indefinições sobre a posse do território. No vale do rio Paraguai fundou-se Cuiabá. Já no curso de afluentes da margem direita do alto Guaporé assentaram-se os arraiais que formaram o Termo do Mato Grosso. Quando os luso-brasileiros se instalaram nos vales do alto Paraguai (1718) e Guaporé (1734), aqueles rios e os povos indígenas que habitavam as suas margens eram já conhecidos dos súditos da Espanha. Na margem do rio Paraguai, haviam construído, em 1537, um Forte que deu origem à cidade de Assunção, em 1541. Ainda na segunda metade daquela centúria, homens saídos de Assunção, fundaram Santa Cruz de la Sierra (1561). Mais de um século depois, os jesuítas abririam as missões de Chiquitos e de Mojos que, em temporalidades várias, mantiveram contatos com colonos de origem luso-brasileira. Nossa investigação propõe uma releitura da “História do Mato Grosso Colonial”. Assim, analisaremos as ações levadas a cabo pelos sertanistas da capitania de São Vicente e, depois de São Paulo, para além de atitudes que visavam à expansão territorial do Brasil. Defendemos que a ocupação dos espaços disputados pelas duas monarquias ibéricas na espacialidade indicada resultou mais dos interesses e das capacidades de seus súditos na América e menos das estratégias gestadas por suas monarquias. Mas, o foco central da tese é perceber o lugar dado pela historiografia aos povos indígenas que ali viviam e debater essa questão. Ao assim proceder, queremos enfocar a história em Mato Grosso como parte de tramas que transcendem o âmbito das fronteiras territoriais definidas ao longo dos séculos XVIII a XX.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Contributor(s) RUN
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