Document details

A neurorradiologia na trombose venosa cerebral

Author(s): Lopes, Leonor Cordeiro Rodrigues

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/21500

Origin: Repositório Institucional da UNL

Subject(s): Trombose Venosa Cerebral; Lesões Encefálicas Venosas; Ressonância Magnética; Circulação Venosa Colateral; Factor Preditivo; Cerebral Venous Thrombosis; Venous Encephalic Lesions; Magnetic Resonance Imaging; Venous Collateral Circulation; Predictive Value; Ciências Médicas


Description

RESUMO: Contexto: A trombose Venosa Cerebral (TVC) tem sido diagnosticada em número crescente graças ao aperfeiçoamento técnico e maior acessibilidade dos métodos de imagem. Em cerca de metade dos casos documentam-se lesões encefálicas venosas (LEV) em RM de sinal hiperintenso nas imagens ponderadas em T2 de natureza heterogénea, edematosa, isquémica ou hemorrágica. O quadro clínico agudo é inespecífico. A imagem é fulcral no diagnóstico final com especial destaque para a RM. Utilizando diferentes sequências é possível caracterizar em detalhe tanto o sistema venoso cerebral (SVC), como o trombo, bem como as LEV. Estas podem traduzir-se por edema vasogénico, citotóxico ou focos de susceptibilidade paramagnética. À excepção do conhecido efeito preditivo negativo da presença hemática na TVC, não são conhecidos outros factores preditivos da RM com impacto no resultado clínico final. Objectivo: Os autores pretendem identificar eventuais variáveis imagiológicas preditoras de outcome final e dar um contributo para melhor compreensão da história natural desta entidade nosológica. Deste modo, pretende-se o diagnóstico precoce de TVC, melhorar o seu prognóstico clínico e reduzir as complicações. Método: Os doentes com diagnóstico de TVC são avaliados por Imagem em três tempos de estudo com o mesmo protocolo técnico de imagem: T1 sag, DP/T2 ax, Flair ax, T2* ax, T2 cor, Difusão e Veno-RM. É feita a análise de 6 variáveis da amostra e de 13 variáveis da RM. Posteriormente é desenhado um modelo de regressão logística univariável e multivariável em relação com o resultado clínico final avaliado pela escala modificada de Rankin. Resultados: No nosso grupo de estudo (n=101) a presença de LEV (36,8%) e a circulação colateral aumentada (44,6%) apresentaram evidência individual e multivariável de associação estatisticamente significativa com o resultado clínico final. Enquanto a LEV se associa a um pior prognóstico (OR 15,130), a circulação colateral revelou ter efeito protector (OR 0,091). A maioria dos doentes teve alta funcionalmente independente (84,7%) com predominante repermeabilização venosa parcial (62,8%). Conclusão: A circulação venosa cerebral aumentada parece ser o único factor protector na TVC que aparenta ser uma doença tendencialmente benigna e crónica. Mais estudos serão necessários para validar estas novas constatações.

ABSTRACT: Background: Cerebral Venous Thrombosis (CVT) seems to be more frequent than previously thought thanks to new Neuroimaging technics that allow early, sensible and sensitive diagnosis. It is reported that in nearly half of the CVT cases, venous encephalic lesions (VEL) are identified. These appear as hyperintensitys in T2 WI on MRI and are of heterogeneous nature. Although their true physiopathology remains unknown, they are thought to have different degrees of oedematous oedema, cytotoxic oedema or haemorrhagic components. On the other side, it is recognized that this haemorrhagic VEL have a negative predictive value. However, little is known about the clinical outcome impact of other MRI signs. Purpose: The purpose of this study is to evaluate the impact of other MRI signs in relationship to clinical outcome. Methods: 101 patients with CVT were registered. MRI scan was repeated in 3 different time spans. 13 different variables were analysed. Univariable and multivariable logistic regression models were applied. Clinical outcome was evaluated using modified Rankin scale. Results: The presence of VEL (36,8%) and the extended venous collateral circulation (44,6%) revealed statistically significant outcome evidence. While VEL were associated to bad outcome (OR 15,130), the increased venous collateral circulation appears to have a protective effect (OR 0,091). At hospital discharge the majority of patients (84,7%) were functionally independent with predominant partial recanalization (62,8%). Conclusion: An increased venous collateral circulation seems to be a protective factor and statistically associated with better clinical outcome. CVT, on the other hand, appears to be a more benign pathology that tends to chronicity. Further studies will be necessary to confirm this new statements.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Pisco, João
Contributor(s) RUN
CC Licence
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents