Document details

A Programação Cinematográfica - Ordem e afecção nas cartas brancas programadas na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema

Author(s): Dias, Inês Sapeta Pires

Date: 2018

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/43205

Origin: Repositório Institucional da UNL

Project/scholarship: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F68345%2F2010/PT;

Subject(s): Programação; Cinema; Filme; Ordem; Montagem; Programming; Movie; Order; Montage; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Comunicação


Description

Esta investigação tem como objecto a programação cinematográfica. Isto significa que se ocupa não apenas com a definição e sistematização do conceito de programação (o que está por fazer, no âmbito dos estudos cinematográficos), mas também com o enraizamento deste conceito na especificidade e história do cinema. Porque se trata de um funcionamento específico que põe as imagens a trabalhar de uma certa (acertada) maneira, a programação é um conceito fundamental para compreender a constituição e as operações do (e sobre o) cinematográfico (desde logo porque permite perceber, de uma perspectiva nova e útil, o que faz a montagem). Do mesmo modo, ter em conta as operações especificamente cinematográficas sobre as imagens, possibilita uma problematização mais ampla e completa do gesto programador e permite perceber que aquilo que produz vai muito para lá do estrito agendamento de sessões, ou mesmo da mera decisão sobre o que é visto e o que não é. “O que é a programação cinematográfica?” é a pergunta desta investigação. Para lhe responder foram conduzidos dois trabalhos: um trabalho genealógico com que ficarão expostas as regularidades que definem aquilo que a programação é e faz; e um trabalho de observação do seu funcionamento (aquilo que a programação faz aos ou com os filmes) num campo particular, o das cartas brancas programadas na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema ao longo da sua história.

This research’s subject is cinema programming. It is therefore concerned not only with defining and systematizing the concept of “programming” (something yet to be done, in cinema studies) but also with how this concept is rooted in film’s specificity and history. Since it is a specific way of putting images to work in a certain (right) way, programming is a fundamental concept in understanding both how the cinematic image is formed and the operations made with and upon this image (first of all, because it allows us to understand, from a new and useful point of view, what editing accomplishes). Likewise, grasping the specific ways in which cinema manages images allows for a wider understanding of the programmer’s gesture, making us realize that the thing produced goes far beyond the sheer scheduling of sessions or even the mere decision about what is seen and what isn’t. “What is cinema programming?” is this research’s question. To answer it, two tasks have been undertaken: a genealogical work, uncovering the regularities that define what programming is and does; and an observation of programming’ functioning (what programs do to or with movies) in a particular field, that of the programs resulting from a carte blanche given by Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema (Lisbon, Portugal) throughout its history.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Grilo, João Mário
Contributor(s) RUN
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