Author(s): Costa, Sónia Maria Rodrigues
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/7238
Origin: Repositório Institucional da UNL
Subject(s): Aldeia; Contemporaneidade; Património
Author(s): Costa, Sónia Maria Rodrigues
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/7238
Origin: Repositório Institucional da UNL
Subject(s): Aldeia; Contemporaneidade; Património
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Antropologia – Cultura Material e Consumos
Bons Sons é um festival de Verão, que surge numa aldeia perto de Tomar, iniciado e suportado pelos seus próprios habitantes. Acontece de dois em dois anos, quando mobiliza a aldeia de Cem Soldos para o construir a título de voluntariado, empregando diferentes gerações de moradores em distintos papéis no acontecimento do festival. Passa-se dentro da malha aldeã de Cem Soldos, prometendo ao visitante que terá acesso aos locais quotidianos de quem o recebe, assim como poderá conviver de perto com a população da aldeia. A ideia de “aldeia” é aqui emblematizada e tornada sinónimo de “revisita ao passado”, à história e àquilo que está em vias de extinção na contemporaneidade: tempos mais lentos, a “magia” do saber fazer, a qualidade de um fazer manual, uma aura de contra-industrialização. Esta oportunidade de experiência de vidas demonstra-se apetecível para os citadinos, ou para aqueles que se distanciaram destas formas de vida e apenas conhecem relatos dela como algo distante e mítico. Paradoxalmente, para o habitante da aldeia este festival simboliza uma ideia de progresso, de emancipação e crescimento. Representa uma possibilidade de transgredir esta ideia de “aldeia” que é atraente ao visitante. Apresenta um seguimento, e um exponente máximo, de um movimento associativo que se desenrola há vários anos e que pretende criar espaço de “contemporaneidade” na aldeia.