Author(s):
Borges, Ivone Rosário
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/3004
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Tuberculose; Estirpes multirresistentes; Estirpes extensivamente resistentes; Novos sistemas terapêuticos; Libertação prolongada; Vias de administração
Description
Dissertação de mest., Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2012
A tuberculose é atualmente, a segunda causa de morte por doença infeciosa a nível mundial e estima-se que 1/3 da população está infetada pelo Mycobacterium tuberculosis, o seu agente etiológico. A tuberculose pulmonar é a forma mais comum, sendo altamente contagiosa e potencialmente fatal se não for tratada. O problema é agravado em populações também infetadas pelo VIH, pelo aumento da suscetibilidade. Quando o sistema imunitário não consegue conter a propagação do M. tuberculosis, este pode-se disseminar para outros órgãos altamente irrigados, provocando tuberculose extrapulmonar ou disseminada. Um dos maiores obstáculos à erradicação da doença é o surgimento de estirpes multi- (MDR) e extensivamente resistentes (XDR) aos fármacos atuais, para o qual muito contribui o abandono do tratamento pelos doentes, motivado pela extensa duração da terapia e efeitos adversos difíceis de suportar. Assim, é de extrema urgência o desenvolvimento de novos fármacos mais eficazes. Contudo, apesar dos esforços nesse sentido, muitas moléculas já desenvolvidas terão de ultrapassar ainda muitos ensaios antes de chegarem ao mercado. Além disso, a existência de poucos modelos animais que mimetizem a doença nos humanos e o receio de não haver retorno do enorme investimento, porque a grande maioria dos casos ocorre em países com fracos recursos, tem dissuadido as companhias farmacêuticas. Deste modo, a melhoria dos fármacos já existentes, principalmente os de primeira linha, com novas formulações e novas vias de administração, é vista como uma alternativa promissora para aumentar a eficácia do tratamento, reduzir a toxicidade associada e incrementar a adesão à terapêutica. Neste trabalho, serão abordados alguns dos estudos já realizados in vitro e in vivo, com muitos dos mais recentes sistemas terapêuticos para a veiculação de fármacos antituberculosos, como os lipossomas, niossomas, micropartículas e nanopartículas poliméricas e as nanopartículas lipídicas sólidas, administrados pelas diferentes vias. Muitos deles comprovam a viabilidade deste tipo de abordagem.