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Análise do bem-estar, expectativas futuras e aspirações escolares de jovens adolescentes em fase de transição vocacional

Author(s): Vale, Ana Isabel Domingues Pereira

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/3499

Origin: Sapientia - Universidade do Algarve

Subject(s): Psicologia da educação; Bem-estar; Aspirações educativas; Transição; Vocação


Description

Dissertação de mest., Psicologia da Educação , Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2012

A investigação sobre o bem-estar, enquadrada no âmbito da Psicologia, organiza-se segundo duas perspetivas principais, as quais refletem origens e conceptualizações distintas. A primeira designa-se por Bem-Estar Subjetivo e tem como objetivo a compreensão da dimensão afetiva (felicidade) e cognitiva (satisfação com a vida) da avaliação subjetiva que o indivíduo faz das suas experiências de vida, sendo o seu principal investigador Ed Diener. A segunda perspetiva, designada por Bem-Estar Psicológico, propõe um modelo multidimensional de funcionamento psicológico positivo, concebido por Carol Ryff, o qual contempla seis dimensões distintas: autonomia, domínio do meio, crescimento pessoal, relações positivas com os outros, objetivos na vida e aceitação pessoal. As expectativas e as aspirações constituem um dos fatores que tem sido estudado em relação ao bem-estar, sendo que as aspirações e expectativas educacionais dos jovens predizem não só as atuais escolhas vocacionais como também a sua concretização. As aspirações e expectativas são orientadas para o futuro, fazendo parte de uma mudança na perspetiva temporal durante a adolescência. A qualidade das atitudes dos jovens na definição das expetativas futuras é um aspeto importante a considerar, na medida em que uma orientação otimista e esperançosa poderá refletir-se ao nível do esforço empreendido na prossecução dos seus objetivos. Tendo em consideração a importância que assume a transição vocacional, nesta fase de desenvolvimento, afigura-se pertinente compreender a relação entre o bem-estar, as expetativas futuras e aspirações escolares de jovens, nesta fase de transição, já que as suas opções vocacionais irão determinar o rumo das suas vidas e a construção do seu bem-estar. Num primeiro momento, foram validados os instrumentos “Escala de Expectativas Positivas Futuras” de İmamoğlu e a “Escala de Bem-Estar Subjetivo para Adolescentes” de Eryilmaz, numa uma amostra de 109 jovens a frequentar o 8.º ano de escolaridade. Num segundo momento, foi desenvolvido o estudo principal, numa amostra de 155 jovens a frequentar o 9.º ano de escolaridade (87 rapazes e 68 raparigas), com idades compreendidas entre os 14 e 17 anos (M=14,88, DP=,906). Na análise descritiva verificou-se que os jovens reportaram níveis médios razoáveis ao nível do bem-estar psicológico, do bem-estar subjetivo, das expetativas positivas futuras e uma orientação de vida mais otimista. No que se refere às aspirações escolares, a grande maioria pretende continuar os seus estudos, sendo que os seus projetos futuros se relacionam sobretudo com a educação e trabalho. Ao nível da análise inferencial, diferentes variáveis surgem como correlatos e preditores do bem-estar psicológico e do bem-estar subjetivo, salientando-se o papel do bem-estar psicológico na predição do bem-estar subjetivo (44,1% da variância) sobressaindo como dimensões significativas o domínio do meio (ß=,321), as relações positivas (ß=,241), os objetivos na vida (ß=-,239) e a aceitação pessoal (ß=.,255). Salienta-se também o papel da satisfação escolar na orientação de vida (otimista), no bem-estar subjetivo (tolerância com os outros) e no bem-estar psicológico (autonomia, domínio do meio, relações positivas, crescimento pessoal, relações positivas, objetivos na vida e aceitação pessoal).

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Vieira, Luís Sérgio
Contributor(s) Sapientia
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