Author(s): Marques, André Alexandre de Jesus
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/6764
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Neuropsicologia; Acidente vascular cerebral; Memória; Qualidade de vida
Author(s): Marques, André Alexandre de Jesus
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/6764
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Neuropsicologia; Acidente vascular cerebral; Memória; Qualidade de vida
Os défices de memória e alterações na qualidade de vida constituem duas ocorrências frequentes após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Inúmeras investigações mostram uma relação causal entre a memória e o AVC. Porém, os estudos encontrados na literatura, nomeadamente os que se centram no estudo da qualidade de vida, têm evidenciado associações quase inexistentes, com informações pouco precisas acerca das implicações do AVC sobre a qualidade de vida destes doentes (Indredavik, Slordahl, Bakke, Rokseth & Haheim, 1997; Makiyama, Battisttella, Litvoc & Martins, 2004; Morimoto, Schreiner & Asano, 2003). Neste contexto, esta investigação procurou analisar a provável relação entre défices de memória e as implicações destes défices na qualidade de vida em doentes vítimas de AVC, apresentando os diferentes tipos de memória, preditores de cada domínio da qualidade de vida. Foram incluídos neste estudo 21 participantes, com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos, vítimas de AVC e que se encontravam em regime de internamento no Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais. Foi realizada uma avaliação neuropsicológica das funções mnésicas através da Wechsler Memory Scale - III (WMS-III), e a qualidade de vida através da World Health Organization Quality of Life – Bref (WHOQOL-BREF, Vaz Serra et al., 2006). Os resultados mostraram uma correlação positiva entre todos os domínios da WMS-III e os domínios do WHOQOL-BREF. Os modelos preditores encontrados explicam entre 43,4% e 71,9% da variância dos domínios de qualidade de vida, tendo sido identificada a memória lógica como preditora dos domínios geral, físico, psicológico e relações sociais, e a memória de dígitos como preditora do domínio ambiente. Estes resultados sugerem a importância da memória para a determinação da qualidade de vida das pessoas vítimas de AVC.
Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais