Author(s):
Rosa, Tatiana Isabel Rodrigues
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/6931
Origin: Sapientia - Universidade do Algarve
Subject(s): Neuropsicologia clínica; Reconhecimento de emoções; Expressões faciais; Género; Sexo; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
Description
Dissertação de mestrado, Neurociências Cognitivas e Neuropsicologia Clínica, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2014
Diversos estudos têm avaliado as diferenças entre sexos no reconhecimento de emoções faciais. E embora predominem evidências que sugerem uma vantagem do sexo feminino nesse processo, permanecem ainda questões sobre a natureza e a magnitude dessa vantagem. A fim de contribuir para o esclarecimento dessas questões, o objetivo do presente trabalho foi averiguar se existem diferenças sexuais no reconhecimento de emoções, aclarando se essas diferenças dependem do tipo de emoção e do género da face que a expressa. Para isso, pediu-se a 68 participantes (35 do sexo feminino e 33 do sexo masculino) que realizassem uma tarefa de identificação de faces expressando emoções (distinguindo-as de faces emocionalmente neutras), analisando-se a exatidão de resposta e os respetivos tempos de reação. Embora as mulheres fossem mais precisas e mais lentas do que os homens no reconhecimento de emoções, as diferenças são de magnitude reduzida e não alcançam significância estatística. Essas diferenças entre sexos também não são moderadas pela valência da emoção. A face feminina é sempre mais expressiva, sendo as expressões femininas reconhecidas melhor do que as masculinas, independentemente do sexo do observador. Não ocorre own-sex bias, ou seja, os participantes de cada sexo não têm vantagem específica em reconhecer emoções expressas por faces do mesmo sexo. Os resultados são comparados com os disponíveis na literatura e são discutidas possíveis razões para as diferenças encontradas.