Author(s):
Neves, Helena Marisa Figueira
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/1209
Origin: uBibliorum
Subject(s): Idosos institucionalizados; Idosos institucionalizados - Dependência; Idosos institucionalizados - Avaliação geriátrica; Idosos institucionalizados - Depressão; Idosos institucionalizados - Demência
Description
Tem vindo a notar-se um aumento da proporção de idosos relativamente à população jovem, o que reforça a importância de se refletir sobre a vida dos idosos inseridos numa sociedade moderna e numa população envelhecida. Com as alterações próprias do envelhecimento, muitas vezes agravadas por múltiplas patologias, os idosos tornam-se frágeis e necessitam de cuidados específicos à sua situação. Por vontade do idoso ou contrariamente à sua vontade, nem sempre estes cuidados são prestados no seu domicílio. O facto de alguns idosos viverem com outros idosos ou viverem com adultos jovens que não têm capacidade ou disponibilidade para cuidar deles, leva a que se opte pela institucionalização em lares. Com o objetivo de conhecer as causas da institucionalização e as repercussões na vida dos idosos, realizou-se um estudo descritivo longitudinal, tipo série de casos entre 1 de Setembro de 2011 e 30 de Maio de 2012 no lar da terceira idade Dona Maria José Soares, pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, sendo a amostra constituída por 20 idosos. Os idosos foram avaliados em três momentos diferentes, um à data de entrada no lar, outro após 15 dias de admissão e outro após 60 dias. As variáveis analisadas foram a idade, o sexo, o estado civil, a proveniência, os diagnósticos, a terapêutica habitual, o estado de consciência, a capacidade para deambular, a motivação para o internamento, o grau de dependência nas atividades de vida diária (avaliada pelo índice de Katz), o estado cognitivo (avaliado pelo Mini-exame do Estado Mental) e o estado depressivo (avaliado pela Escala de Depressão Geriátrica – versão abreviada). Utilizou-se o teste não paramétrico de Wilcoxon, com um nível de significância de 0,05. A amostra foi constituída por 12 do sexo feminino e 8 do sexo masculino, com uma média de idades de 83,85±5,26 anos. No período decorrido entre a primeira e a terceira avaliação verificou-se uma taxa de mortalidade de 35% (n=7), sendo que 71,4% eram homens (n=5). No que respeita às características dos idosos institucionalizados, observou-se que grande parte dos idosos institucionalizados eram do sexo feminino, viúvos, procedentes do domicílio, baixa escolaridade, com polipatologia, polimedicados, apresentavam dependência na realização das atividades de vida diária e sintomas depressivos. Concluiu-se que durante os primeiros quinze dias 37,5% dos idosos apresentaram um agravamento do seu estado, contudo após dois meses da admissão esta situação reduziu em cerca de 7%.