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Metodologia do ensino do espanhol como língua estrangeira: recursos e actividades didácticas

Author(s): Cabo, Isabel de Lurdes Pereira do

Date: 2010

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/1800

Origin: uBibliorum

Subject(s): Política linguística; Ensino-aprendizagem; Língua estrangeira; Estudantes portugueses


Description

No contexto da União Europeia, torna-se necessária a intensificação da aprendizagem e do ensino de línguas para possibilitar a consecução dos seus objectivos: uma maior mobilidade dos cidadãos, um melhor acesso à informação, uma comunicação internacional eficaz e um exemplar respeito pela identidade e pela diversidade culturais (QECR: 2001). Num contexto cada vez mais globalizante, caracterizado por uma sociedade multifacetada, exigente, plurilinguística e pluricultural, onde impera a competitividade; saber línguas significa possuir um poderoso meio de desenvolvimento pessoal, de integração social, de aquisição cultural e de comunicação. Deste modo, a Escola como palco de instrução formal influencia, claramente, na aprendizagem de línguas, quer seja materna ou estrangeira. Nesta perspectiva, a Escola tem cada vez mais peso na aquisição de línguas, devendo, por isso, estar atenta ao papel que desempenha no ensino das mesmas. A instrução formal influi, nitidamente, a língua não espontânea ou adquirida no espaço escolar. Logicamente a língua ensinada num contexto artificial depende de inúmeras variáveis. Investigar sobre o processo de aquisição das segundas línguas obriga a que se tenha em conta o aprendiz, o objecto de aprendizagem e o produto linguístico. Cada um destes elementos é muito diferente para reflectir sobre a melhor pedagogia a aplicar no âmbito da instrução formal ou no contexto escolar. Na presente dissertação, apresentaremos a contextualização da disciplina de Espanhol no Sistema Educativo português, faremos algumas reflexões pedagógicas sobre a aprendizagem de uma língua estrangeira, incidindo nas teorias sobre a aprendizagem, nos factores que a influenciam e nas estratégias de aprendizagem e de comunicação. Posteriormente, debruçar-nos-emos sobre a evolução metodológica, elaborando um espetro dos principais métodos e respectivos contributos para o ensino e aquisição de segundas línguas (ASL). Focaremos a importância do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: aprender, ensinar, avaliar; reflectiremos sobre a relevância do Portfolio Europeu de Línguas no Ensino Secundário e sobre o Plano Curricular del Instituto Cervantes na programação da disciplina de Espanhol no Sistema Educativo português. Seguidamente, apresentaremos uma perspectiva comparativa da avaliação da componente da oralidade através do projecto Provas Experimentais de Expressão Oral, desenvolvidas pelo GAVE, versus as Provas de Expressão Oral para a obtenção do D.E.L.E., concebidas pelo Instituto Cervantes. Devido ao papel atribuído à comunicação oral no quotidiano de qualquer aprendente de línguas, surgiu a necessidade de serem integrados, obrigatoriamente, momentos formais de avaliação da oralidade no processo de ensino – aprendizagem no Ensino Secundário. Por esta razão, analisaremos a legislação de suporte para esta alteração na avaliação das aprendizagens neste Ciclo de Ensino, no modo como está a ser implementada em contexto escolar (“Critérios de Avaliação” da Escola Secundária de Latino Coelho – Lamego), além de proceder-se à sua visibilidade, quer nas orientações curriculares oficiais (Programa de Espanhol, Nível de Iniciação, com especial relevo para o 11.º ano), quer no manual adoptado para o 11.º ano, nível de iniciação. A fim de dar corpo a este estudo, optou-se por centrar a acção pedagógica no método de trabalho: “simulação global”. Após negociar com os alunos conteúdos socioculturais do respectivo Programa, definiu-se que estes teriam como tarefa final apresentar, em grupo, trabalhos no registo oral. A actividade foi aplicada a uma turma de 1.º ano do Curso de Secretariado de Administração (regime nocturno), da E.S.T.G.L. e derivou, essencialmente, da grande heterogeneidade de características dos alunos e dos resultados de uma diagnose que revelaram dificuldades de actuação dos discentes, no âmbito da oralidade em sala de aula, tendo, estes, afirmado que ao longo do processo de ensino-aprendizagem de outras línguas estrangeiras nunca tinham treinado as competências da oralidade em contexto escolar. Configurando a comunicação oral formal como um processo que deve ser muito ponderado, torna-se imprescindível que o seu estudo seja devidamente orientado e estruturado, remetendo para elaboração de um plano de trabalho, previamente negociado e acordado com os alunos, para que estes se sintam verdadeiramente protagonistas ao apresentarem a sua opinião, sem qualquer tipo de constrangimentos, favorecendo neles a confiança própria, respeitando os diferentes ritmos de aprendizagem e promovendo momentos de reflexão crítica ao longo do trabalho. Para que o discente tenha consciência da relação entre o processo de aprendizagem e o produto de aprendizagem conseguido (tarefa final apresentada), é, primordial, proporcionar-lhe a oportunidade de se observar/analisar (autoscopia), de modo a permitir ao aluno controlar em pequenos passos a sua aprendizagem, consciencializar os seus progressos e as suas dificuldades, não acumular deficiências e lacunas, reflectir sobre os seus erros para ensaiar outros caminhos.(in Programa de Espanhol do Ensino Básico – 3.º Ciclo).Concluímos, assim, que a aquisição de uma língua estrangeira é um processo complexo tal como a linguagem humana, que é necessário ensinar o aluno a aprender a aprender, de forma a incrementar a sua competência comunicativa oral e/ou escrita.

En el contexto de la Unión Europea, es necesaria la intensificación del aprendizaje y de la enseñanza de lenguas para posibilitar la consecución de sus objetivos: una mayor movilidad de los ciudadanos, un mejor acceso a la información, una comunicación internacional eficaz y un ejemplar respeto por la identidad y por la diversidad cultural (MCRE: 2002) En un contexto cada vez más globalizante, caracterizado por una sociedad multifacética, exigente, plurilingüística y multicultural, donde impera la competitividad; saber lenguas significa poseer un poderoso medio de desarrollo personal, de integración social, de adquisición cultural y de comunicación. De este modo, la Escuela como escenario de instrucción formal influye, claramente, en el aprendizaje de lenguas, sea materna sea extranjera. En esta perspectiva, la Escuela tiene cada vez más importancia en la adquisición de lenguas, debiendo, por eso, estar atenta al papel que desempeña en la enseñanza de las mismas. La instrucción formal influye, nítidamente, la lengua no espontánea o adquirida en el espacio escolar. Lógicamente la lengua enseñada en un contexto artificial depende de inúmeras variables. Investigar sobre el proceso de adquisición de las segundas lenguas obliga a que se tenga en cuenta el aprendiz, el objeto de aprendizaje y el producto lingüístico. Cada uno de estos elementos es muy diferente para reflexionar sobre la mejor pedagogía a aplicar en ámbito de la instrucción formal o en el contexto escolar. En el presente trabajo, presentaremos la contextualización de la asignatura de Español en el Sistema Educativo portugués, haremos algunas reflexiones pedagógicas sobre el aprendizaje de una lengua extranjera, incidiendo en las teorías sobre el aprendizaje, en los factores que la influyen y en las estrategias de aprendizaje y de comunicación. Posteriormente, analizaremos la evolución metodológica, elaborando un espectro de los principales métodos y respectivas aportaciones para la enseñanza y adquisición de segundas lenguas (ASL). Focalizaremos la importancia del Marco Común Europeo de Referencia para las lenguas: aprendizaje, enseñanza, evaluación; reflexionaremos sobre la relevancia del Portfolio Europeo de Lenguas en la Enseñanza Secundaria y sobre el Plan Curricular del Instituto Cervantes en la programación de la asignatura de Español en el Sistema Educativo portugués. Seguidamente, presentaremos una perspectiva comparativa de la evaluación del componente de la oralidad a través del proyecto Pruebas Experimentales de Expresión Oral, desarrolladas por el GAVE, versus las Pruebas de Expresión Oral para la obtención del D.E.L.E., concebidas por el Instituto Cervantes. Debido al papel atribuido a la comunicación oral en el cotidiano de cualquier aprendiente de lenguas, surgió la necesidad de ser integrados, obligatoriamente, momentos formales de evaluación de la oralidad en el proceso de enseñanza – aprendizaje en la Enseñanza Secundaria. Por esta razón, analizaremos la legislación de soporte para esta alteración en la evaluación de los aprendizajes en este Ciclo de Enseñanza, en el modo como está a ser implementada en contexto escolar (“Criterios de Evaluación” de la Escola Secundária de Latino Coelho – Lamego), además de procederse a su visibilidad, sea en las orientaciones curriculares oficiales (Programa de Español, nivel de Iniciación, con especial relevo para el 11.º curso), sea en el libro de texto adoptado para el 11.º curso, nivel de iniciación. Con el objetivo de dar cuerpo a este estudio, se ha optado por centrar la acción pedagógica en el método de trabajo: “simulación global”. Después de negociar con los alumnos contenidos socioculturales del respectivo Programa, se ha definido que estos tendrían como tarea final presentar, en grupo, trabajos en el registro oral. La actividad ha sido aplicada a un grupo de 1.º curso de la Carrera de Secretariado de Administración (régimen nocturno), de la E.S.T.G.L. y ha sido motivada, esencialmente, debido a la gran heterogeneidad de características de los alumnos y de los resultados de una diagnosis que ha revelado dificultades de actuación de los discentes, en el ámbito de la oralidad en el aula de clase, habiendo, estos, afirmado que a lo largo del proceso de enseñanza-aprendizaje de otras lenguas extranjeras nunca habían practicado las competencias de la oralidad en contexto escolar. Configurando la comunicación oral formal como un proceso que debe ser muy ponderado, es imprescindible que su estudio sea debidamente orientado y estructurado, remetiendo para la elaboración de un plan de trabajo, previamente negociado y acordado con los alumnos, para que estos se sientan verdaderamente protagonistas al presentar su opinión, sin cualquier tipo de problemas, favoreciendo en ellos la confianza propia, respetando los diferentes ritmos de aprendizaje y promocionando momentos de reflexión crítica a lo largo del trabajo. Para que el discente tenga conciencia de la relación entre el proceso de aprendizaje y el producto de aprendizaje conseguido (tarea final presentada), es, primordial, proporcionarle la oportunidad de observarse /analizarse (autoscopia), de modo a permitir al alumno controlar en pequeños pasos su aprendizaje, concienciar sus progresos y sus dificultades, no acumular deficiencias y lagunas, reflexionar sobre sus errores para ensayar otros caminos. (in Programa de Español de la Enseñanza Básica – 3.º Ciclo). Hemos concluido, pues, que la adquisición de una lengua extranjera es un proceso complejo tal como el lenguaje humano, que es necesario enseñar el alumno a aprender a aprender, de forma a incrementar su competencia comunicativa oral y/o escrita.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Contributor(s) uBibliorum
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