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Tromboembolismo venoso associado à contracepção hormonal combinada

Author(s): Batarda, Marisa Alexandra Rodrigues Soares

Date: 2010

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/751

Origin: uBibliorum

Subject(s): Tromboembolismo venoso; Tromboembolismo venoso - Contracepção hormonal; Contracepção hormonal combinada; Contracepção hormonal - Tromboembolismo venoso - Factores de risco; Contracepção hormonal - Tromboembolismo venoso - Recomendação da OMS


Description

Introdução: A contracepção hormonal combinada (CHC) foi introduzida no fim da década de 50 e ainda no início da década de 60 foram descritos casos de tromboembolismo venoso (TEV) associados ao uso de CHC. Em 2003 a Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu uma lista de recomendações para a adequação da prescrição de CHC ao perfil individual de risco de TEV, com vista a diminuir a sua ocorrência e consequências. Objectivo: Avaliar a adequação da prescrição da CHC ao perfil individual de risco de TEV. Métodos: Realizaram-se dois estudos descritivos em paralelo. Um estudo incluiu 50 mulheres em idade fértil que faziam terapêutica de CHC, entrevistadas para avaliação do seu perfil de risco de TEV, de acordo com a OMS. O outro estudo, do tipo “série de casos”, incluiu todas as doentes do sexo feminino internadas no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) entre 01 de Julho de 2008 a 30 de Junho de 2009, com o diagnóstico clínico de TEV, para avaliar a história de exposição a factores de risco de TEV, nomeadamente CHC. Resultados: Das 50 entrevistadas que faziam CHC, 35 (70,0%) apresentavam factores de risco de TEV. Destas, 10 (20,0%) possuíam um perfil de risco de TEV classificado nas categorias 3 ou 4 da OMS. Quando questionadas sobre o conhecimento dos diversos factores de risco de TEV associados ao uso de CHC, 27 mulheres (54,0%) sabiam que as veias varicosas aumentavam o risco de TEV. As inquiridas com factores de risco identificados, tinham conhecimento dos mesmos em 33 casos. As 25 mulheres (50,0%) classificadas nas categorias 1 e 2 da OMS apresentavam “prescrição de CHC adequada ao perfil individual de risco de TEV”. Das pertencentes às categorias 3 e 4 da OMS, 9 mulheres (18,0%) apresentavam “prescrição de CHC não adequada ao perfil individual de risco de TEV”. Conclusões: A prescrição de CHC nem sempre é adequada ao perfil individual de risco de TEV. As mulheres não são convenientemente informadas desse risco e as que são nem sempre se encontram receptivas a métodos alternativos de contracepção. Os clínicos deverão ter em atenção à necessidade de maior cuidado na adequação da prescrição de CHC ao perfil individual de risco de TEV, apesar de, em termos absolutos, o impacto do uso de CHC na ocorrência de episódios de TEV ser pequeno.

Background: Combined hormonal contraception (CHC) was introduced in the late 50s and in the early 60s episodes of venous thromboembolism (VTE) were reported in women using this method for contraceptive purposes. In 2003 World Health Organization (WHO) developed a graded list of recommendations according to individual risk profile of VTE, for clinicians to consider when prescribing the CHC, in order to reduce its incidence and consequences. Objectives: To assess the appropriateness of CHC prescribing according to individual risk profile of VTE. Methods: We conducted two descriptive studies in parallel. One study included 50 women using CHC, interviewed to assess their individual risk profile of VTE, according to WHO criteria. The other study, a “case series”, included all female patients hospitalized in “Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB)” between 1 st July 2008 and 30th June 2009, with clinical diagnosis of VTE, to assess their history of exposure to VTE risk factors, particularly CHC. Results: Of the 50 interviewed women using CHC, 35 (70.0%) had risk factors for VTE. Of these, 10 (20.0%) had a risk profile for VTE classified in WHO category 3 or 4. When asked about their knowledge of different risk factors of VTE associated with CHC use, 27 women (54.0%) knew that varicose veins increase the risk of VTE. Respondents with identified risk factors knew it in 33 cases. The 25 women (50.0%) in WHO categories 1 and 2 had a “CHC prescription adjusted to individual risk profile of VTE”. From those belonging to WHO categories 3 and 4, 9 women (18.0%) had a “CHC prescription not adjusted to individual risk profile of VTE”. Conclusions: The prescription of CHC is not always appropriated to the individual risk profile of VTE. Women are not properly informed of this risk, and those who are sometimes are not receptive to alternative methods of contraception. Clinicians should be aware of the need for improving care and adjust CHC prescribing to individual risk profile of VTE, although in absolute terms the impact of the use of CHC in VTE episodes is small.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Macedo, Ana Filipa
Contributor(s) uBibliorum
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