Author(s):
Pereira, Manuel Bernardo Videira Coutinho Rodrigues
Date: 1998
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/27822
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): Dívida pública; Défice orçamental; Restrição orçamental intertemporal; Sustentabilidade; Cointegração; Mudança de estrutura; Govemment debt; Government budget deficit; Intertemporal budget constraint; Sustainability; Cointegration; Structural change
Description
Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão
Nos últimos anos, têm surgido diversos estudos com o objectivo de determinor a consistência da trajectória das receitas, despesas e dívida pública com a restrição orçamental intertemporal do governo, como condição de sustentabilidade da política orçamental. Neste texto são apresentados os principais resultados teóricos que têm sido obtidos neste campo e é feita a sua aplicação a Portugal. Conclui-se que no período em análise, 1947-93, e também para um período mais curto com início em 1970, a política orçamental foi compatível com a restrição intertemporal. Verifica-se ainda que a relação de equilíbrio entre receitas e despesas estimada, implicaria a divergência do rácio da è dívida pública em relação ao produto. Contudo, foi detectada instabilidade nas estimativas do vector de cointegração entre receitas e despesas e, em particular, uma alteração de estrutura a partir de meados da década de oitenta. Deste modo, com base na estrutura estimada considerando todo o período amostrai, não é possível concluir que o rácio da dívida esteja divergir.
In recent years, several studies have attempted to assess the consistency of the time palh of govemment expenditures, revenues and debt with the assumption of intertemporal budget balance, as a condition for the sustainability of fiscal policy. This text presents the main theoretical results in this field and its application to Portugal. It was found that the intertemporal budget constraint has been satisfied over the whole sample period, 1947-93, and also over a shorter period, started in 1970. Moreover,. the estimated long-run relationship between revenue and expenditure would imply a diverging debt-GDP ratio. However, has been detected parameter instability in the cointegration relationship between revenue and expenditure and, particularly, the evidence suggests that, after the mid eighties, there has been a regime break. Thus, it is not possible, using the structure estimated for the whole sample period, to conclude that the debt-GDP ratio is diverging.