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Efeitos da complexidade ambiental sobre a discriminação de veículos

Author(s): Noriega, Paulo

Date: 2010

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/2799

Origin: Repositório da UTL

Subject(s): Condução de veículos; Ergonomia nos transportes; Fluxo óptico; Percepção do movimento; Percepção visual; Psicologia cognitiva; Segurança rodoviária; Simulação computacional; Visão periférica


Description

Doutoramento em Motricidade Humana na especialidade de Ergonomia

A discriminação do movimento de veículos é uma tarefa vital para todos os utilizadores rodoviários. Da sua rigorosa execução depende o evitamento de acidentes. Estudos aplicados e fundamentais demonstraram que o observador, quando em movimento, tem um desempenho pior a discriminar movimentos de aproximação de objectos e veículos do que se estivesse parado. Alguns estudos laboratoriais, quantificaram esse efeito em função do fluxo óptico global do ambiente visual. Contudo esses estudos deixaram espaço para questionar a validade desses resultados em: (1) situação mais realistas de condução, (2) na visão periférica em situações do tipo da condução e (3); na visão periférica em situações de marcha de peão. Um primeiro estudo com recurso a um simulador de condução respondeu à primeira questão e um segundo estudo laboratorial, respondeu à questão de saber se o efeito se manifestava na visão periférica e se a informação da acção motora da marcha fazia diferenciar o efeito na visão periférica. A complexidade dos ambientes rodoviários da simulação, parametrizados em função do fluxo óptico global, relacionaram-se inequivocamente com a discriminação de veículos numa situação de seguimento de outro veículo. Quanto maior a densidade de fluxo óptico do ambiente pior foi a tarefa de discriminação do movimento dos veículos. O efeito foi mais pronunciado neste estudo realista com simulador de condução do que nos estudos laboratoriais anteriores. Ao longo da periferia perde-se alguma eficácia na discriminação do movimento de objectos em aproximação e quando se acrescenta o efeito do fluxo óptico global, o desempenho degrada-se substancialmente. A acção motora não teve um efeito diferenciador neste efeito. Concluiu-se que a complexidade ambiental (avaliada em função do fluxo óptico global) dos ambientes rodoviários é uma variável interveniente no processo de discriminação do movimento de veículos durante a tarefa de seguimento. O estudo dois, reforçou essa informação mostrando que o fluxo óptico global também intervém ao nível da discriminação de movimentos na visão periférica, tanto ao nível da condução automóvel, como ao nível da marcha dos peões.

Vehicles motion discrimination is a vital task for all kind of road users. On its rigorous execution depends the accident avoidance. Applied and fundamental studies demonstrated that observer self-motion impairs other objects motion discrimination. Lab studies, quantified this effect in function of the visual environment global optical flow. However the preceding studies had left space to question the validity of these results in: (1) a more realistic driving situation, (2) in the peripheral vision with a driving like situation and (3) in the peripheral vision in a pedestrian walking like situation. A first study using a driving simulator answered the first question, and a second laboratorial study with high control of variables answered the question of knowing if the effect extended to peripheral vision and if the role of a motor action like walking differentiated the effect in the peripheral vision. There was a clear effect of environmental complexity (global optical flow) in the vehicle motion discrimination during a following task procedure. The higher the environment optical flow density worse was the vehicle motion discrimination task. The effect was sharper in this realistic study with driving simulator than in previous lab studies. The discrimination of approaching objects throughout the visual field is slightly impaired but if is added to the task the effect of global optical flow the performance degrades substantially. The walking motor action did not have a differentiator effect. In conclusion the ambient complexity (evaluated by global optic flow) of road environments is an intervening variable in the process of vehicleʼs motion discrimination during a following task. Study two, strengthened this information showing that global optical flow intervenes in the motion discrimination in the peripheral vision, as much to the level of the driving as to the level of the pedestrian walk.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Santos, Jorge Manuel Ferreira Almeida
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
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