Author(s): Miranda, João ; Fidalgo, Joaquim ; Martins, Paulo
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/28297
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): deontologia, fontes de informação, redação, rotinas profissionais, teletrabalho
Author(s): Miranda, João ; Fidalgo, Joaquim ; Martins, Paulo
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/28297
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): deontologia, fontes de informação, redação, rotinas profissionais, teletrabalho
A pandemia da covid-19 e o subsequente processo de confinamento conduziram a linhas de convulsão em diferentes setores da sociedade. Marcado por um contexto de instabilidade e incerteza, onde diferentes manifestações de transformação tecnológica, económica e social potenciam novas práticas e convenções, bem como suscitam novos e renovados desafios deontológicos, o jornalismo não é exceção. Com base nas respostas de um inquérito a 890 jornalistas portugueses, o presente artigo procura mapear os efeitos do estado de emergência de março a abril de 2020 nas práticas e rotinas, e nos preceitos ético-profissionais de uma atividade que avoca uma reavivada relevância num ambiente de desinformação e “infodemia”. Mais do que revelarem novos problemas, os resultados sugerem uma acentuação dos desafios e dilemas pré-existentes. No plano das práticas, indicia-se uma domiciliação relativamente transversal da atividade. Este fenómeno é acompanhado por marcas de despersonalização do contacto com as fontes e eventos, e por sinais de isolamento social dos jornalistas. No campo ético-deontológico, sublinha-se a emergência de questões deontológicas particulares no contexto da pandemia, onde os aspetos relacionados com o rigor — rejeição do sensacionalismo, distinção clara entre factos e opiniões ou repúdio de quaisquer formas de censura —, assim como os elementos subjacentes ao contacto com as fontes, assumem especial dimensão.