Autor(es):
Cabete, Dulce Gaspar
Data: 2001
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/372
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Psicologia da saúde; Envelhecimento; Avaliação; Hospitalização; Stress; Família; Instrumentos; Reabilitação; Health psychology; Aging; Assessment; Hospitalization; Stress; Family; Rehabilitation
Descrição
Dissertação de mestrado em Psicologia da Saúde
Baseado na evidência de que a população mundial está a envelhecer e que as pessoas idosas são responsáveis pela ocupação de cerca de metade das camas hospitalares, torna-se relevante avaliar em que medida o internamento hospitalar contribui para a saúde e bem-estar deste grupo. E objectivo deste estudo analisar o impacto do internamento hospitalar no estado funcional e emocional da pessoa idosa. Realizou-se um estudo descritivo, transversal e de comparação entre grupos, Os participantes constituem uma amostra sequencial de indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos e que foram internados no Departamento de Medicina do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, Barreiro. O grupo de comparação constitui uma amostra intencional, com 104 idosos que recorreram à consulta no Centro de Saúde do Bonfim, Setúbal. Os instrumentos utilizados para avaliar o impacto do internamento hospitalar nas pessoas idosas foram: 1) Ressources Utilization Groups (RUG-T18), versão publicada em 1989 por Fries et al; 2) tradução e adaptação do Resident Assessment Instrument (RAI-HC/MDS, da versão n.° 7, InterRAI Corporation, 1995); 3)Questionário de Saúde Geral de 28 itens (GHQ 28), de Goldberg & Hillier, com a redacção portuguesa de Ribeiro & Antunes. Os resultados deste estudo apontam no sentido de o internamento hospitalar ter efeitos negativos, ao nível físico e psicológico. Na avaliação global das três escalas utilizadas, os idosos internados apresentam índices superiores aos do grupo de controle. Apesar disso, não encontramos diferenças significativas entre o grupo etário dos 65 aos 74 anos e o grupo etário superior. Esse impacto também não está relacionado com o facto de ser, ou não, o primeiro internamento, nem com o número de internamentos já ocorridos, mas aumenta significativamente em função da duração do internamento, mais especificamente a partir da segunda semana.