Autor(es): Diniz, Teresa Paula Nobre dos Santos
Data: 1999
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/490
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Psicologia educacional; Educational psychology
Autor(es): Diniz, Teresa Paula Nobre dos Santos
Data: 1999
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/490
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Psicologia educacional; Educational psychology
Dissertação de Mestrado em Psicologia Educacional
O psicólogo educacional é muitas vezes solicitado a intervir relativamente ao insucesso escolar, bem como ao comportamento desviante dos alunos que se traduz frequentemente, numa atitude negativa face ao trabalho escolar, ou seja contrária aos valores da escola. O presente trabalho visa o estudo do auto-conceito nas suas várias áreas e o estudo da atitude face ao trabalho escolar de 102 jovens, na sua maioria com um passado de insucesso escolar e de idades compreendidas entre os 15 e os 26 anos, a frequentar uma escola de ensino profissional. Parte-se para o estudo, tendo por base o modelo teórico de Robinson e Tayler (1986), cuja ideia central é a de que alunos com baixos resultados escolares, resistem de forma activa ao abaixamento da auto-estima, através do recurso a uma estratégia de criatividade social, que se traduz num recurso a valores alternativos aos veiculados pela escola. Espera-se não encontrar diferenças significativas entre os dois grupos relativamente à auto-estima global; encontrar diferenças significativas entre os dois anos no que respeita ao auto-conceito académico e às outras áreas do auto-conceito; e encontrar diferenças relativamente à atitude face ao trabalho escolar. Para avaliar o auto conceito, foi utilizada a escala de auto-conceito para adolescentes de Susan Harter (1988) na sua adaptação para a população portuguesa. Para avaliar a atitude face ao trabalho escolar utilizámos um instrumento construído, a partir das sugestões de Robinson e Tayler (1991). As conclusões do estudo, apontam para que na escola analisada o modelo dos autores não se aplica, para a importância das dinâmicas escolares e de cada curso, na quebra do ciclo de desinvestimento no percurso escolar, bem como para a importância que os jovens do ensino profissional dão à área da competência para o trabalho. Parece pois que os estudos sobre os vários fenómenos escolares e institucionais, que ocorrem nas escolas profissionais, são uma mais valia para o desenvolvimento de métodos e técnicas de intervenção do psicólogo educacional, no combate ao insucesso escolar.