Autor(es):
Santos, Joana Cardo Pinto da Costa Alves dos
Data: 2005
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.12/895
Origem: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Assunto(s): Psicologia clínica; Bem-estar; Ansiedade perante a morte; Instrumentos; Depressão; Perturbações afectivas; Envelhecimento; Idoso; Clinical psychology; Well-being; Death anxiety; Instruments; Depression; Affective disorders; Aging; Old age
Descrição
Dissertação em Psicopatologia e Psicologia Clínica
A partir de temas como, envelhecimento, sucesso no envelhecimento, bem-estar subjectivo e ansiedade face à morte, foi possível a criação de um modelo preditor de ansiedade face à morte em idosos (MPAMI). Pretendeu-se estudar a influência da idade (3a idade vs 4a idades), do género, da religião, da institucionalização e do bem-estar subjectivo sobre a ansiedade face à morte. A amostra foi constituída por 145 idosos, residentes no distrito de Lisboa (amostragem de conveniência), com idades compreendidas entre os 65 e 98 anos (M= 76). Foram utilizados a PANAS (Positive and Negative Affect Schedule - PANAS; Watson, Clark & Tellegen, 1988), a Revised Philadelphia Geriatric Center Morale Scale (R-PGCMS; Lawton, 1975; Paul, 1991; Costa, Diniz & Barrambana, 2004) e o Death Anxiety Questionnaire (DAQ; Conte, Weiner & Plutchik, 1982; Barros, 1998; Santos, Diniz & Costa, 2004). O primeiro estudo deste trabalho consistiu na validação do modelo que define a estrutura factorial da PANAS, recorrendo à análise factorial confirmatória. O segundo, consistiu em testar o MPAMI, recorrendo à análise de trajectórias (path analysis). Verificámos que os modelos estavam bem ajustados aos dados empíricos. Como principais resultados do teste do MPAMI salienta-se que o facto do corte etário considerado (80 anos de idade ou mais vs. menos de 80 anos) não se ter mostrado relevante para a generalidade dos critérios do modelo. No entanto, o ser mulher e o não estar casado foram factores que predisseram uma maior vulnerabilidade nalgumas variáveis do bem-estar subjectivo e também da ansiedade face à morte. A institucionalização apareceu como um factor de risco, contribuindo para uma diminuição da vivência de afectos positivos e para uma pior atitude face ao próprio processo de envelhecimento. A influência da religião revelou-se paradoxal; da mesma forma que ser católico suscita níveis mais altos de bem-estar subjectivo, também suscita maiores níveis de preocupação com a solidão na hora da morte. Por fim, a ansiedade face à morte foi menor quando existia uma atitude mais favorável face ao envelhecimento.