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O desenho caricatural de Leal da Câmara na colecção da Casa-Museu da Rinchoa : 1895-1915

Autor(es): Bernardino, Arminda

Data: 2008

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10451/645

Origem: Repositório da Universidade de Lisboa

Assunto(s): Desenho; Caricaturas; Humor; Teses de mestrado


Descrição

Tese de mestrado em Desenho apresentada á Universidade de Lisboa através da Faculdade de Belas Artes, 2009

A tese possui um CD com anexos apenas disponível para consulta na Biblioteca da FBAUL : COTA CDA 110

Nascido em Nova Goa e criado em Portugal, Leal da Câmara cresceu, por força das circunstâncias, sob a tutela materna que lhe deu as bases da sua formação pessoal e o viu exercer uma rebelde cidadania. Embora longe dos grandes centros mundiais, Portugal era parte de uma Europa em desenvolvimento mas em forte convulsão social. Contra a monarquia Constitucional, Leal da Câmara pôs todo o seu talento satírico ao serviço da causa republicana, coadjuvado por uma cada vez mais forte imprensa, tendo desde cedo usado o desenho caricatural para fazer frente àqueles a quem decretara guerra. Os seus adversários eram o poder instituído e os seus suportes e esta atitude não ficou incólume. Perseguido, à prisão escolheu a fuga para Espanha. Foram muitas as publicações em que colaborou e que usou como arma política até 1898. Na sua juventude já a arte estava em franca transformação, procurando novos rumos. Dois anos em Espanha, prelúdio do encontro com Paris,

tornaram possível a sua integração num meio que para tantos foi hostil. Percebeu cedo que sem formação, não poderia concorrer com valores que já aí tinham o seu espaço. Assim, poliu o seu talento juntando-lhe o saber obtido com mestres académicos. Foi este cruzar de experiências, a própria e a adquirida que o tornou reconhecido como um valor mais, em Paris. Na capital dos artistas viu cair a monarquia em Portugal. Continuou a colaborar com a imprensa portuguesa, e abraçou outras causas com a mesma paixão mas com uma capacidade expressiva à altura da modernidade que o acolhera. A linearidade que caracterizara a sua obra, cedeu lugar a um registo que junta num só suporte a objectividade da mensagem e o carácter plástico. Como conferencista, defendeu a democratização da Arte ligando-a à indústria, através do ensino em escolas industriais onde viria a aplicar as suas teorias como docente.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Calado, Margarida, 1947-
Contribuidor(es) Repositório da Universidade de Lisboa
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