Autor(es):
Faria, Célia Joaquina Fernandes
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.5/2668
Origem: Repositório da UTL
Assunto(s): Arquitectura; Forma; Construção; Lugar; Habitar; Architecture; Form; Construction; Place; Inhabit (Dewell)
Descrição
Tese de Mestrado em Regeneração Urbana e Ambiental
Para falar de lugar hoje é necessário fazer uma passagem prévia pelas transformações radicais que a modernidade trouxe à relação entre espaço e tempo, pelos mecanismos de sobreposição do global ao local, pela importância da mobilidade em contraste ao sedentarismo, e pela consciência que hoje temos das mesmas. A necessidade de delimitação do conceito de lugar arquitectónico surge em resposta à carência diagnosticada, herança frágil de um progresso, nem sempre compatível com os valores estruturantes de uma cultura. Não é o método, nem o saber técnico, que lhe está associado que se pretende questionar, mas sim o significado que este adquire com a experiência humana. A relação entre o homem e o espaço é o habitar. E é a construção que imprime o habitar. Essa construção é arquitectura. Designamos por arquitectura um objecto que oferece valores práticos e espirituais. Os valores práticos consistem nas funções de protecção e abrigo, e os espirituais residem nas qualidades que se dirigem à nossa sensibilidade e que motivam uma emoção sui generis. A «lugarização» é um processo que resulta desta experiência sobre a arquitectura, e que procura as respostas às funções da vida humana, equacionando um conjunto de princípios ligados ao prazer estético da percepção da forma construída. Procuramos nesta investigação, fazer uma reflexão teórica à luz de conceitos e experiências sobre espaços contemporâneos, questionando o pensar e o significar lugar arquitectónico enquanto conceito da experiência humana.