Autor(es):
Cucinotta, Caterina ; Ramé Lopez, Jesús
Data: 2020
Origem: Aniki : Revista Portuguesa da Imagem em Movimento
Assunto(s): Materialidade; Estética relacional; dialética dos materiais; processo de produção; Materiality turn; Relational aesthetics; dialectic of materials; production process
Descrição
With this article, we approach the question of the aesthetics of materials as central in the analysis of the cinematic artistic experiences. The epistemological condition is that the theories have to have a concrete application in film analysis. We decided to concretize this research through the analysis of a movie which clearly allows us to understand all the dialectics created by the materials in cinema. The tools and the analytical strategies can be used to approach other movies in which the production practices from the professional department are visible through the mise-en scene as creation value. That’s a kind of artisanal cinema. 'Os Verdes Anos' ('Green years') by Paulo Rocha (1963) is the chosen movie as a case study because of its historic contextualization and for a certain way of thinking about cinema as a “new cinema”, from the point of view of its crafts and forms.
Com este artigo pretende-se abordar a questão da Estética dos Materiais como central na análise da experiência artística própria do cinema. É condição epistemológica que os pressupostos teóricos tenham uma aplicação concreta na análise de filmes. Decidiu-se, portanto, concretizar esta investigação através da análise de uma obra que permitisse perceber claramente as dialéticas provocadas pelos materiais no cinema. As ferramentas e estratégias analíticas aqui utilizadas podem servir para a abordagem de qualquer filme que manifeste as práticas de produção dos departamentos profissionais e que atribua valor de criação à mise-en-scène: o que pode ser definido de cinema artesanal. Os verdes anos (1963), de Paulo Rocha, é o filme escolhido como caso de estudo. O filme abrange toda uma contextualização histórica de um certo modo de pensar o cinema como um “novo cinema”, seja a partir dos seus ofícios, seja a partir das suas formas.