Author(s): Esteves, Marina
Date: 2018
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/17732
Origin: Biblioteca Digital do IPB
Subject(s): Acidente Vascular Cerebral; Exercício físico; Função motora espasticidade; Hemiparesia
Author(s): Esteves, Marina
Date: 2018
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10198/17732
Origin: Biblioteca Digital do IPB
Subject(s): Acidente Vascular Cerebral; Exercício físico; Função motora espasticidade; Hemiparesia
Introdução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte, de incapacidade e de dependência em Portugal. A sua recuperação tem sido um dos principais focos de atenção. Recentemente tem havido um interesse crescente no efeito de novas modalidades de exercícios terapêuticos, no sentido de melhorar a mobilidade, o equilíbrio, e a função motora do doente após AVC. Objetivo – Avaliar o efeito de exercícios terapêuticos na reabilitação do doente com AVC. Métodos - Estudo de revisão sistemática da literatura, utilizando como base de dados ISI WEB of Knowledge (Reuters). Foram incluídos artigos publicados em texto integral desde 1 de Janeiro de 2010 a 30 de Junho de 2016 escritos em inglês, português, francês ou espanhol e cujo foco fosse a comparação de novas modalidades de exercícios terapêuticos (ET), com ET convencionais e/ou terapias convencionais na recuperação do doente após AVC. Consideraram-se apenas os artigos em que os participantes têm diagnóstico de AVC, em que há comparação entre grupos de intervenção (formas alternativas de ET) e controlo (terapêutica convencional) e que avaliem o efeito de ET em parâmetros relacionados com: atividades de vida diárias, integração do doente na comunidade, marcha/caminhada, equilíbrio, motricidade do membro superior e espasticidade. Resultados – Foram incluídos nesta revisão sistemática 32 artigos, englobando um conjunto de 1919 participantes dos quais 64% são homens, A média de idade dos participantes do grupo de intervenção é de 60,4± 10,5 anos e do grupo controlo é de 61,1±9,9 anos. De uma forma geral os participantes apresentaram melhorias na capacidade funcional entre o antes e o após a intervenção dos ET. Constatou-se ainda que há ET com modificações simples de implementar, e que melhoraram a capacidade funcional destes doentes. Verificou-se, através de avaliação feita recorrendo ao índice de Barthel, questionário de impacto do AVC e parâmetros que avaliaram a marcha e o equilíbrio, haver mais vantagem nos ET adaptados no domicílio, do que nos ET realizados nos serviços de saúde. Constatou-se que a prática de ET não promove o aumento da espasticidade, sendo que em muitos casos até reduz. Conclusões – Existe uma inúmera diversidade de ET que podem ser introduzidos no programa de reabilitação. Os ET influenciam a recuperação da máxima independência funcional possível, facilita a reintegração da pessoa na comunidade que o rodeia, e também previne a ocorrência de novos eventos vasculares.