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Dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológica

Autor(es): Rodrigues, Ana Isabel ; Antão, Celeste

Data: 2022

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10198/27521

Origem: Biblioteca Digital do IPB

Assunto(s): Dor aguda; Cirurgia ginecológica; Enfermeiros


Descrição

A dor aguda pós-operatória é um problema previsível, cuja prevenção e controlo adequado podem evitar sofrimento desnecessário, economizar recursos em cuidados de saúde e melhorar a qualidade devida das doentes após cirurgia ginecológica. O enfermeiro é um elemento de referência na abordagem da dor devendo saber valorizar as diferentes dimensões que constituem este fenómeno. Objetivos: Identificar caracte-rísticas da dor aguda pós-operatória (intensidade, severidade, interferência funcional da dor) em doentes subme-tidas a cirurgia ginecológica e analisar a relação entre variáveis psicológicas e a dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal. Estudou-se uma amostra com 76 mulheres internadas no Serviço de Ginecologia e um hospital do norte de Portugal. Utilizou-se o questionário aplicado em 2 momentos: Momento I - avaliação pré-operatória realizada após admissão das doentes no internamento; Momento II - no segundo dia de pós-operatório, 48 horas após a cirurgia. Além de variáveis sociodemográficas o questionário integrou três instrumentos traduzidos e validados para a população portuguesa, possuindo boas propriedades psicométricas - Inventário Resumido da Dor(BPI), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e Escala de Desânimo Associada à Dor (PCS).Resultados: As mulheres tinham maioritariamente idades entre 48 e 57 anos, casadas. No período pós-operatório, a presença de dor foi referida por 83,9% das mulheres; a ansiedade pós-operatória apresentava um valor médio de 8,32 (DP=3,55), indicando níveis de ansiedade leves. Observou-se que as mulheres apresentavam, em termos médios, dor pós-operatória moderada (3,83±2,34). Nenhuma das variáveis psicológicas estudadas demonstrou influenciar a intensidade da DAPO (p>0.05). No mesmo sentido, a severidade da dor não se mostrou influenciada pelo nível de ansiedade ou de depressão. Já a catastrofização determinou diferenças significativas (p=0,040). Conclusão:Dor aguda no período pós-operatório em cirurgia ginecológica é um aspeto que deve preocupar os profissionais de saúde, pois o controlo da dor é um direito das doentes, por motivos relacionados com a qualidade dos serviços e cuidados de saúde, e também por motivos económicos, pois a dor no período pós-operatório está associada a uma recuperação mais lenta, mais complicações pós-operatórias e internamentos mais longos

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Português
Contribuidor(es) Biblioteca Digital do IPB
Licença CC
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