Autor(es):
D’Abadie, Damian Sanges
Data: 2003
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/1391
Origem: Instituto da Defesa Nacional
Assunto(s): Política internacional; Política externa; Segurança internacional; Defesa; Ameaças; Guerra; Terrorismo internacional; Pós-guerra fria; NATO (EUA, 1949); Europa; EUA
Descrição
Desde o choque do ataque terrorista aos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001, espalhou-se a crença de que o mundo não é mais o mesmo e que o carácter da política e segurança internacionais se alteraram radicalmente. O conteúdo deste artigo visa mostrar que, embora a segurança e a procura da estabilidade a longo termo permaneçam o supremo objectivo para todas as sociedades, é apenas a definição e percepção da noção de segurança que sofreram uma reapreciação significativa, mas esta mudança fundamental verificou-se efectivamente antes do 11 de Setembro com o fim da Guerra Fria, embora não fosse realmente discernida ou completamente reconhecida. No entanto, os ataques terroristas à Costa Leste dos Estados Unidos da América compeliram inegavelmente a comunidade internacional a reconhecer que ameaças veladas foram substituídas por consideração de ” risco” e “desafios” que o ambiente internacional se baseia não já na gestão da segurança mas na gestão da insegurança. Dimensões transnacionais assumiram um perfil saliente nas avaliações da sociedade como considerações de estabilidade e segurança e, nesta perspectiva, o 11 de Setembro levou os Estados Unidos da América a adoptar uma abordagem mais radical e de não compromisso na sua política externa e de defesa, a ter em conta a nova definição de segurança e a mais difusa noção dos desafios contemporâneos, incluindo as ameaças assimétricas