Autor(es):
Torgal, Joana Rita Moreira Gonçalves
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/21089
Origem: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Assunto(s): Enfermagem pediátrica; Cuidados paliativos; Emoções; Assistência terminal; Doenca crónica
Descrição
Cuidar da criança ou jovem e sua família, com doença crónica, e em fim de vida, constitui um desafio acrescido para os enfermeiros, pela emocionalidade intensa que lhe é inerente. O enfermeiro tem o privilégio de poder intervir na emocionalidade de quem cuida, no desempenho do trabalho emocional que facilita a expressão de emoções contribuindo, assim, para a regulação emocional através de diferentes estratégias com elevado potencial terapêutico. No entanto, o enfermeiro também é afetado pelas respostas emocionais do Outro necessitando de desenvolver competências promotoras da sua própria gestão emocional. Assim, temos como objeto de estudo as estratégias de gestão emocional adotadas pelos enfermeiros ao cuidar da criança ou jovem e sua família, com doença crónica, em fim de vida. Este relatório descreve o percurso formativo realizado, assente numa metodologia descritiva, de análise crítica e reflexiva sobre a prática desenvolvida, e sobre as aprendizagens realizadas nos diferentes contextos - internamento de pediatria, cuidados de saúde primários, urgência de pediatria e cuidados intensivos neonatais - no sentido de aprofundar saberes práticos e adquirir competências comuns e específicas para Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem. O desenvolvimento e aperfeiçoamento de habilidades para comunicar de forma adequada a cada criança, jovem e família e o estabelecimento de uma relação terapêutica constituíram duas atividades transversais a todos os contextos e imprescindíveis em cada dia deste percurso. Em síntese, pode concluir-se que o uso de estratégias de gestão emocional são decisivas para promover o bem-estar e equilíbrio emocional do Outro e do enfermeiro enquanto cuidador. Além disso, evidencia-se ainda a necessidade de sensibilização dos enfermeiros para integrarem, de forma intencional e consciente, estas estratégias nas suas práticas diárias de cuidados, com reflexo na contínua melhoria dos cuidados pediátricos.