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A importância das características clínico-laboratoriais e do halving time na avaliação de resposta molecular na leucemia mielóide crónica: estudo retrospectivo de um grupo de doentes

Autor(es): Santos, Maria João Mendes Dinis dos

Data: 2017

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/28039

Origem: Instituto Politécnico de Coimbra

Assunto(s): Leucemia Mielóide Crónica; BCR-ABL1>10%; Resposta sub-óptima; Halving time; Redução logarítmica


Descrição

Introdução: Na Leucemia Mielóide Crónica (LMC), a monitorização de resposta ao tratamento com inibidores de tirosina-cinase (TKI) baseia-se na avaliação da resposta hematológica, citogenética e molecular ao longo do tempo, estando definidos critérios de resposta óptima, sub-óptima e falência aos 3, 6 e 12 meses de tratamento. Os doentes com mais de 10% de transcrito BCR-ABL1 aos 3 meses são considerados como tendo resposta sub-óptima e pior prognóstico a longo prazo. No entanto, existe uma proporção de doentes que atingem respostas moleculares favoráveis posteriormente. Objectivos: Num grupo de doentes com LMC, em fase crónica, sob tratamento com Imatinib (IM), avaliar as diferenças clínico-laboratoriais entre os doentes com resposta molecular óptima e resposta sub-óptima aos 3 meses de tratamento. Nos doentes com resposta sub-óptima, avaliar a capacidade do halving time e da redução logarítmica de predizer respostas moleculares subsequentes. Material e Métodos: Análise retrospectiva de um grupo de 24 doentes com LMC, em fase crónica, diagnosticados no nosso centro entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Agosto de 2014. Revisão dos parâmetros clínico-laboratoriais e avaliação de resposta óptima, sub-óptima e falência aos 3, 6 e 12 meses de tratamento. Determinação do halving time e redução logarítmica da %BCRABL1 em doentes com resposta sub-óptima aos 3 meses de Imatinib. Resultados: Aos 3 meses de tratamento, 14 doentes tinham resposta óptima e 10 sub-óptima. Os doentes com resposta sub-óptima apresentavam um valor mais elevado de transcrito ao diagnóstico (p<0,05). Neste grupo de doentes, o halving time tem valor preditivo de falência de resposta (AUC=0,83; p=0,02) e de resposta molecular óptima aos 6 meses (AUC=0,93; p<0,0001). A redução logarítmica aos 3 meses foi preditiva de resposta molecular óptima aos 6 meses (AUC=0,96; p<0,0001) e aos 12 meses (AUC=0,83; p=0,03). Um valor de 22,59 dias de halving time e uma redução logarítmica de -1,1log aos 3 meses de tratamento, parecem ter um bom poder discriminativo dos doentes que alcançam resposta molecular óptima aos 6 meses. Conclusão: Estes resultados sublinham a importância da quantificação de transcrito ao diagnóstico na interpretação da resposta molecular obtida aos 3 meses, assim como o contributo, numa fase precoce de tratamento, de parâmetros de cinética de decréscimo de transcrito na discriminação dos doentes com resposta sub-óptima aos 3 meses que alcançarão posteriormente respostas moleculares favoráveis.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório Comum; Ribeiro, Maria Letícia; Coucelo, Margarida
Licença CC
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