Document details

A evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatal

Author(s): Leitão, Henrique ; Correia, António Jorge ; Gomes, Clara ; Oliveira, Oliveira ; Rolo, Vitor ; Mimoso, Gabriela ; Ramos, Conceição

Date: 2008

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/35830

Origin: Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E.

Subject(s): neonatology; vesico-ureteral reflux; management; neonatologia; refluxo vesico ureteral; tratamento; Madeira Island; Região Autónoma da Madeira; Portugal


Description

Resumo.Avaliar a evolução e tratamento do refluxo vesico--ureteral congénito (RVU) em recém-nascido ou lactente com diagnóstico pré-natal de anomalia nefro-urológica. Métodos. Estudo de coortes históricas de crianças com o diagnóstico perinatal de RVU, nascidas numa maternidade de apoio perinatal diferenciado da Região Centro do País, entre 1993 e 2002, e posteriormente acompanhadas no hospital pediátrico de referência da mesma Região. Dividimos as crianças em duas coortes, aquelas que efectuaram tratamento cirúrgico e aquelas em que foi decidido manter vigilância. Para cada coorte (se aplicável) avaliámos: sexo, o tipo e grau de RVU, tipo de cirurgia, complicações, frequência e tempo de evolução até à cura espontânea. Na coorte das crianças em vigilância comparámos a proporção de crianças que mantiveram RVU com aquelas em que se verificou cura espontânea, relativamente ao sexo e ao grau de RVU. Resultados. Oitenta e duas crianças cumpriam os critérios de inclusão. O RVU congénito foi mais frequente no sexo masculino (77%) e era maioritariamente unilateral (65%). O tratamento cirúrgico foi efectuado em 35% dos casos, sobretudo nas crianças com RVU bilateral, com unidades refluxivas (UR) de grau elevado – IV ou V - (80% vs. 12% na coorte de crianças em vigilância) e em crianças com lesão/malformação renal (ipsilateral ou contralateral) e/ou assimetria funcional renal (58% vs 24% na coorte de crianças em vigilância). Neste último grupo, verificámos uma frequência de resolução do RVU de 72% (76% no subgrupo que foi acompanhado pelos menos 48 meses). O período entre os 24 e os 36 meses foi aquele em que ocorreu o maior número de resolução de casos. Não encontrámos diferenças significativas entre sexo e grau de RVU no que respeita à cura espontânea do RVU. Conclusões. O refluxo vesico-ureteral tende a resolver-se nos primeiros anos de vida, parecendo a profilaxia e vigilância clínica medidas suficientes e seguras no casos de refluxo de baixo grau e, provavelmente, também nos casos mais graves.

Document Type Journal article
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório Comum
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents