Autor(es):
Andrade, Joana Verdelho ; Vasconcelos, Pedro ; Campos, Joana ; Camurça, Teresa
Data: 2019
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/37186
Origem: Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões
Assunto(s): Adolescent; Ambulatory Care; Amoxicillin; Anti-Bacterial Agents; Antibodies, Bacterial; Bronchitis; Chi-Square Distribution; Child; Child, Preschool; Community-Acquired Infections; Female; General Practice; Humans; Infant; Infant, Newborn; Internship and Residency; Male; Otitis Media; Pediatrics; Pneumonia; Prospective Studies; Respiratory Tract Infections; Retrospective Studies; Streptococcus pyogenes; Tonsillitis; Practice Patterns, Physicians'
Descrição
Introdução: As infeções do trato respiratório são das patologias que mais frequentemente motivam a prescrição antibiótica em idade pediátrica. Os objetivos deste estudo foram identifiar a frequência e padrão de prescrição de antibacterianos na patologia respiratória. Material e Métodos: Durante dois anos (divididos pela apresentação das normas de orientação clínica), os dados foram obtidos através da consulta de processos clínicos de crianças com patologia respiratória. Utilizaram-se os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher para testar associações entre variáveis, assumindo-se signifiado estatístico quando p < 0,05. Resultados: Realizaram-se 547 consultas (idade média de seis anos ± 5,3, 55% do género masculino). A pesquisa do antigénio do Streptococcus do grupo A na orofaringe foi realizada mais frequentemente por internos de Pediatria (p = 0,005). A radiografi de tórax foi mais pedida pelo especialista de Medicina Geral e Familiar (p = 0,033). Prescreveu-se antibiótico em 87% pneumonias, 84% otites médias agudas, 68% amigdalites, 25% laringites, 17% infeções respiratórias superiores e 16% bronquiolites agudas. O especialista de Medicina Geral e Familiar prescreveu mais antibiótico que o interno de Pediatria na amigdalite aguda (p = 0,003) e na otite média aguda (p = 0,013). O antibiótico mais prescrito foi amoxicilina (61%). Não houve diferenças entre os dois períodos estudados quanto ao número de prescrições e escolha de antibiótico das patologias estudadas. Discussão: A prescrição de antibióticos foi elevada e numa proporção signifiativa a antibioterapia poderia ser ajustada. Realça-se que não houve diferenças na prescrição após a apresentação das normas de orientação clínica. Conclusão: Considera-se necessária uma melhoria da prescrição antibiótica pediátrica no ambulatório.