Autor(es): Gonçalves, Sara
Data: 2025
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/58476
Origem: Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa
Assunto(s): Acidente vascular cerebral; Apoplexia; Parésia facial central; Reabilitação; Enfermagem de Reabilitação
Enquadramento: A parésia facial central (PFC) decorre da lesão do nervo facial (VII par craniado), maioritariamente decorrente de acidentes vasculares cerebrais isquémicos, manifestando-se como um comprometimento unilateral do movimento oposto ao da lesão, sendo estes défices visíveis na metade inferior da face. A parésia facial pode e interferir diretamente com a qualidade de vida percepcionada da pessoa lesada pois tem efeitos tanto a nível estético como funcional. Para a reversão do quadro de PFC são necessárias intervenções de reabilitação, uma vez que na maioria das vezes não reverte espontaneamente. O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação integra uma equipa multidisciplinar e tem competências para conceber, implementar e monitorizar programas de reabilitação com vista à máxima recuperação da pessoa lesada podendo desempenhar nesta área do conhecimento um importante papel na reabilitação e aumento da qualidade de vida destas pessoas. Objetivo: Mapear a evidência sobre intervenções utilizadas na reabilitação da parésia facial central em pessoas com mais de 18 anos. Metodologia: Scoping review seguindo a metodologia do Joanna Briggs Institute. Resultados: Foram incluídos 2 estudos na revisão sendo que as intervenções de reabilitação mais frequentes são os exercícios orofaciais, a eletroestimulação, a expressão emocional ao espelho, o fortalecimento labial, a massagem facial e a estimulação passiva e ativa combinada. Não foi encontrada homogeneidade relativamente à duração dos programas, periodicidade e duração das sessões. Todas estas intervenções realizadas de forma complementar apresentaram bons resultados. Não foi encontrada qualquer guideline de atuação na reabilitação da PFC. Conclusão: A PFC é uma complicação pouco estudada comparativamente à PFC sendo, por isso, é necessário a realização de mais investigação nesta área de forma a estruturar as intervenções e criar programas de intervenção por parte dos EEER.
