Autor(es):
Cucinotta, Caterina
Data: 2020
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.13/3024
Origem: DigitUMa - Repositório da Universidade da Madeira
Assunto(s): Representação do território; Estética dos materiais; Folclore; Cultura e periferia; Cinema; Trás-os-Montes (1976); Representation of the territory; Aesthetics of materials; Folklore; Culture and periphery; .; Faculdade de Artes e Humanidades
Descrição
Ao longo da história do cinema português, temos assistido a um interesse analítico por comunidades fechadas que se situam fora do perímetro urbano das cidades. Porém, desde Leitão de Barros e a sua descoberta da Nazaré, no início do século passado, até António Reis e Margarida Cordeiro, em Trás-os-Montes, algo mudou nas representações do território e seus usos. Uma contextualização histórica e cultural da situação em que viviam os habitantes deste território pode ajudar a entender melhor a passagem do “folclore” à “memória”. O percurso peculiar do filme Trás-os-Montes (1976), de António Reis e Margarida Cordeiro, passa por uma materialização da poesia em imagens, através do território de algumas aldeias e dos seus trajes e costumes. Esta etnoficção é aqui analisada a partir de alguns artigos da imprensa da época por ocasião da estreia do filme. Através do conceito de “censura preventiva da comunidade” (Jakobson), pretendemos analisar a relação, criada pelo filme em Trás-os-Montes, entre o intelectual e o povo.