Autor(es):
Fragoeiro, Isabel ; Pestana, Maria Helena ; Paúl, Constança
Data: 2009
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.13/5091
Origem: DigitUMa - Repositório da Universidade da Madeira
Assunto(s): Pessoas idosas; Saúde mental; Género; Nível de escolaridade; Older people; Mental health; Gender; Level of education; Madeira (Portugal); .; Escola Superior de Saúde
Descrição
Face ao aumento da população idosa e ao risco aumentado de perturbações mentais, é importante que as comunidades e os serviços de saúde se organizem, para intervir aos três níveis de prevenção (primária, secundária e terciária) no referente à saúde mental. Efectuou-se um estudo sobre a saúde mental das pessoas idosas da Região Autónoma da Madeira, cujos principais objectivos foram caracterizar a população idosa do ponto de vista da saúde mental e avaliar a influência positiva (protectora) ou negativa (de risco) do género e do nível de escolaridade, na melhor ou pior saúde mental dos idosos. Metodologia: tratou-se de um estudo transversal, cuja amostra aleatórea e representativa da população com 65 e mais anos, englobou 342 pessoas, estratificadas por concelhos de residência, género e classes etárias. Para a determinação da saúde mental utilizou-se o Mental Health Inventory (MHI) que contempla duas dimensões: o bem-estar psicológico e o distress psicológico. Através da análise de clusters constituíram-se três grupos de idosos: com saúde mental positiva, razoável e negativa. Utilizaram-se modelos de regressão logística para determinação da influência das eventuais variáveis explicativas, na melhor ou pior saúde mental. Resultados: entre outras variáveis significativas cuja probabilidade de influenciarem positiva ou negativamente a saúde mental foi comprovada, optou-se neste artigo, por analisar e discutir a influência do género e do nível de escolaridade. Verificou-se que existia uma probabilidade superior associada significativamente ao género feminino, de saúde mental mais negativa (OR=0,3 IC 95% 0,1-0,6) e uma probabilidade mais elevada associada significativamente a um nível superior de escolaridade, de saúde mental mais positiva (OR=2,5 IC 95% 1,3-4,8). Conclusão e sugestões: as pessoas idosas apresentavam um nível de saúde mental mais positivo. Verificou-se que o género e o nível de escolaridade influenciavam significativamente o nível de saúde mental das pessoas idosas pelo que deverão ser considerados relevantes na planificação, definição e implementação de programas, dirigidos à promoção da saúde e prevenção das perturbações mentais na população referida. Sugere-se a realização de outras pesquisas que contribuam para esclarecer o modo como o género e o nível de escolaridade influenciam ou determinam as diferenças na saúde mental e no ajustamento, dos homens e das mulheres, no decurso do processo de envelhecimento.