Autor(es): Enoque, E. ; Silva, L.L. ; Murcho, D. ; Baptista, F.J.
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/17687
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): eficiência energética; energia directa; energia indirecta
O aumento da eficiência energética é um desafio que se coloca actualmente como contributo para a conservação do ambiente e dos recursos naturais. A utilização mais eficiente da energia significa obter maior produtividade por unidade de energia consumida. Tal é possível de duas formas, reduzindo o consumo de energia ou aumentando a produção. A avaliação do consumo de energia na agricultura tem-se centrado principalmente nos consumos de energia directa, mas neste trabalho mostramos que uma parte muito importante da energia total consumida nas explorações está relacionada com a energia indirecta, como p.e. a energia utilizada na produção de fertilizantes e outros factores de produção. Foi recolhida informação de quatro olivais em sistema intensivo e dois em sistema super-intensivo e foram estimados indicadores que permitem avaliar os consumos de energia directa e indirecta, que permitiram identificar quais os factores de produção com maior impacto do ponto de vista energético e ambiental. Os fertilizantes são um factor de produção muito importante no que ao consumo de energia diz respeito, seguido do gasóleo utilizado para as diferentes operações culturais. Os maiores consumos de energia, em todas as explorações, relacionaram-se com a utilização de fertilizantes. Os resultados obtidos parecem indicar que para melhorar a eficiência energética na produção do olival será fundamental investir numa utilização racional dos fertilizantes. Para tal, será necessário ter programas de fertilização perfeitamente adaptados ao sistema de produção, à variedade, ao estado fenológico da cultura e às características do solo, entre outros aspectos.
